CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2021; 56(01): 042-046
DOI: 10.1055/s-0040-1712491
Artigo Original
Joelho

Avaliação do desgaste do polietileno de uma prótese de joelho nacional ultracongruente de base rotatória[*]

Article in several languages: português | English
1   Grupo do Joelho, Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Instituto de Ortopedia e Traumatologia, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
,
2   Faculdade de Medicina, Universidade de Campinas, Campinas, SP, Brasil
› Author Affiliations
 

Resumo

Objetivo Avaliar o desgaste do polietileno de uma prótese de joelho brasileira ultracongruente de base rotatória (Rotaflex, Víncula, Rio Claro, SP, Brasil).

Métodos Utilizou-se o método de ensaio com os parâmetros de carregamento e preparação citados na norma ISO 14243-1:2009, e os métodos de medição citados na norma ISO 14243-2:2009, para a avaliação do comportamento de desgaste de uma prótese nacional com base rotatória. O equipamento utilizado para o teste de desgaste foi o simulador de marcha ISO 14243–1 (EndoLab, Riedering, Alemanha).

Resultados Após 10 milhões de ciclos, a avaliação do desgaste do polietileno mostrou uma aparência regular do desgaste da superfície com taxa média de 2,56 mg por milhão de ciclos.

Conclusão O desgaste do polietileno da prótese avaliada foi mínimo após os ensaios realizados e com os limites de segurança superiores aos preconizados pela engenharia biomecânica.


#

Introdução

O envelhecimento da população e a maior prevalência de pacientes com osteoartrose têm aumentado a frequência da indicação da artroplastia total do joelho (ATJ).[1] [2] A ATJ pode ser definida como um procedimento cirúrgico de alta complexidade para o tratamento da artrose capaz de demonstrar dados satisfatórios e duradouros na melhora da dor, da qualidade de vida, e da função do paciente, bem como na correção de deformidades e instabilidades de origens relacionadas a processos degenerativos que comprometem a articulação do joelho.[3] Este procedimento apresenta excelentes resultados pós-operatórios em relação à sobrevida do implante, com índices de mais de 95% em pelo menos 10 anos de seguimento.[4]

O desgaste do polietileno pode produzir detritos que influenciam na soltura dos componentes protéticos. A ATJ com plataforma rotatória apresenta vantagens biomecânicas teóricas sobre um desenho de plataforma fixa.[5] Estas vantagens incluem uma melhora da cinemática, aumentando a amplitude de movimento, facilitando a rotação axial, uma melhor distribuição das tensões entre os componentes femoral e tibial, e uma redução das forças de soltura na interface do implante com o osso.[6] [7] [8] Muitas variáveis podem influenciar no comportamento de desgaste por atrito do polietileno, sendo elas o desenho da prótese, a matéria-prima utilizada, a técnica cirúrgica aplicada, e as morbidades do paciente, tais como o nível de atividade e a massa corpórea. O objetivo do presente estudo foi avaliar o desgaste do polietileno de uma prótese de joelho nacional ultracongruente de base rotatória (Rotaflex, Víncula, São Paulo, SP, Brasil).


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Materiais e Métodos

Utilizou-se o método de ensaio com os parâmetros de carregamento e preparação citados na norma ISO 14243-1:2009–Implants for Surgery – Wear of Total Knee Joint Prostheses – Part 1: Loading and Displacement Parameters for Wear Testing Machines with Load Control and Corresponding Environmental Conditions for Tests (Accredited) e os métodos de medição citados na norma ISO 14243–2:2009–Implants for Surgery – Wear of Total Knee Joint Prostheses – Part 2: Methods of Measurement (Accredited). Para a avaliação do comportamento de desgaste, utilizou-se a prótese Rotaflex.[9] [10]

Foram realizados 3 ensaios simultâneos no simulador de marcha da articulação de joelho ISO 14243–1 (EndoLab, Riedering, Alemanha) em 5 sistemas, num total de 15 componentes ([Figuras 1] e [2]).

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Fig. 1 Representação da câmara de teste individual.
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Fig. 2 Análise virtual qualitativa do desgaste.

Nas simulações, o implante foi fixado no dispositivo em extensão. Aplicou-se uma variação cíclica de flexo-extensão de 0° a 58° ([Tabela 1]). Aplicou-se também uma força axial variando de 168 N a 2.600 N, conforme o grau de flexão, simulando uma caminhada humana normal ([Tabela 1]). A base tibial estava livre para se acomodar em relação ao componente femoral sob influência das forças de contato aplicadas, tendo este movimento todos os graus de liberdade, exceto o ângulo de flexo-extensão, que seguiu a variação cíclica especificada. Com esta simulação, as ações de força de contato aplicadas foram: força axial, força anteroposterior (AP, e torque de rotação tibial. Os componentes metálicos femoral e tibial, assim como o polietileno, foram imersos em um meio fluido simulando o líquido sinovial humano no decorrer de todo o ensaio, que foi realizado em um ambiente controlado, simulando as condições fisiológicas.

Tabela 1

Parâmetro

Valores conforme ISO 14243–1

Flexão/Extensão

0° a 58°

Força axial

168 N a 2600 N

Força anteroposterior

–265 N a 110 N

Torque

–1 Nm a 6 Nm

Frequencia

1 Hz

Fluido de teste

Soro de bezerro

Restrição de movimento - anteroposterior*

(contrário ao movimento positivo anteroposterior)

9,3 N/mm

Restrição de movimento - anteroposterior*

(contrário ao movimento negativo anteroposterior)

44 N/mm

Restrição de rotação da tíbia**

0,36 Nm/°

A avaliação do desgaste seguiu as normas ISO 14243–2:2009 com 10 milhões de ciclos e medições realizadas a cada milhão de ciclo. Seguindo as normas mencionadas, o desgaste foi avaliado analisando a perda da massa.


#

Resultados

A análise qualitativa da superfície do polietileno, após 10 milhões de ciclos, mostrou uma aparência de desgaste regular, com áreas polidas e foscas ([Figura 2]). Este padrão regular de desgaste indica uma estabilidade intrínseca dos componentes protéticos ([Figura 3]).

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Fig. 3 Desgaste do inserto X-UHMWPE versus número de ciclos.

O resultado quantitativo do desgaste de massa por cada milhão de ciclo encontra-se na [Tabela 1]. A [Figura 3] expressa os resultados mencionados na [Tabela 2].

Tabela 2

Acoplamento

1.1

1.2

1.3

Massa

Massa

Massa

Ciclos (milhões)

Inserto X-UHMWPE 1.1 (g)

Inserto X-UHMWPE 1.1 (mg)

Inserto X-UHMWPE 1.2 (g)

Inserto X-UHMWPE 1.2 (mg)

Inserto X-UHMWPE 1.3 (g)

Inserto X-UHMWPE 1.3 (mg)

0,0

44,71242

0,00

44,48231

0,00

44,66329

0,00

0,5

44,70981

3,91

44,48121

2,41

44,65973

4,86

1,0

44,71073

4,24

44,48138

3,48

44,66000

5,84

2,0

44,71047

6,47

44,48102

5,81

44,65979

8,01

3,0

44,71210

6,71

44,48202

6,69

44,66085

8,83

4,0

44,71149

9,18

44,47986

10,70

44,65949

12,06

5,0

44,71378

9,30

44,48183

11,14

44,66343

10,52

6,0

44,71097

14,74

44,47747

18,13

44,65948

17,09

7,0

44,71004

15,47

44,47531

20,08

44,65842

17,95

7,5

44,71357

17,77

44,47810

23,13

44,66167

20,54

8,0

44,70607

22,38

44,47417

24,17

44,65625

23,06

9,0

44,70556

24,50

44,47504

24,90

44,65551

25,40

10,0

44,70660

25,23

44,47497

26,75

44,65645

26,24

A taxa média de desgaste foi de 2,56 mg por milhão de ciclos, e foi determinada após 10 milhões de ciclos ([Figura 1]).


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Discussão

A ATJ visa promover o alívio da dor e a melhora da função de maneira duradoura. Porém, a cirurgia pode falhar por uma série de razões, como soltura dos componentes, infecção, instabilidade e dor persistente, por exemplo.[11] Visando a diminuição do desgaste do polietileno e, consequentemente, a produção de detritos, criou-se um componente tibial com plataforma rotatória, no qual o polietileno pode se movimentar rotacionalmente sobre o componente tibial, hipoteticamente diminuindo o atrito e o desgaste do componente.[6] [7] [12]

Em um estudo,[11] os autores afirmam que as próteses com apoio rotatório ultracongruente apresentam a vantagem de uniformizar as pressões de contato entre os componentes, reduzindo assim a formação de partículas de polietileno e, consequentemente, a osteólise, além de adaptação melhor do mecanismo extensor às possíveis imperfeições no posicionamento rotacional do componente tibial.[11] Um estudo videofluoroscópico in vivo, seguido de reconstrução tridimensional das imagens obtidas, comparando-se próteses com base fixa e móveis, com a mesma origem e desenho, demonstrou que a superfície de contato femoro-tibial é duas vezes maior nas próteses com apoio rotatório quando comparadas às com apoio fixo.[13] Nesse estudo,[13] os autores notaram que os bons resultados foram semelhantes em ambos os modelos, mas, tanto objetivamente quanto subjetivamente, o apoio móvel foi julgado como sendo o mais aproximado do joelho normal.[13]

A alta durabilidade das próteses com componente de polietileno rotatório é bem elucidada na literatura, e as próteses podem atingir sobrevida superior a 20 anos em 97,7% dos casos.[14]

Schmidt et al[15] estudaram a taxa de desgaste do polietileno em diferentes modelos de próteses já comercializados e consagrados no mercado, e encontraram valores de desgaste volumétrico que variaram de 1,9 mg/mc a 14,6 mg/mc. No presente estudo, o resultado obtido foi de 2,67 mg/mc do desgaste volumétrico após 10 milhões de ciclos de ensaio, e, comparado aos valores de Schmidt et al,[15] demonstrou-se que o sistema Rotaflex se aproxima à menor taxa encontrada (1,9 mg/mc). Além disso, o resultado mensurado do desgaste do componente de polietileno da prótese nacional avaliada, de 2,67 mg/mc, obteve um desempenho de resistência ao desgaste 5,47 vezes superior aos valores máximos publicados.


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Conclusão

O desgaste do polietileno da prótese avaliada foi mínimo após os ensaios realizados, e com os limites de segurança superiores aos preconizados pela engenharia biomecânica.


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Conflito de Interesses

Os autores declaram não haver conflito de interesses.

* Trabalho desenvolvido no Grupo do Joelho, Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil, e na Faculdade de Medicina, Universidade de Campinas, Campinas, SP, Brasil.


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Endereço para correspondência

Valéria Romero, PhD
Faculdade de Medicina, Universidade de Campinas
Rua Sérgio Buarque de Holanda, Cidade Universitária, Campinas, SP, 13083859
Brasil   

Publication History

Received: 04 February 2020

Accepted: 02 March 2020

Article published online:
10 June 2020

© 2020. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution-NonDerivative-NonCommercial License, permitting copying and reproduction so long as the original work is given appropriate credit. Contents may not be used for commercial purposes, or adapted, remixed, transformed or built upon. (https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)

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Fig. 1 Representação da câmara de teste individual.
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Fig. 2 Análise virtual qualitativa do desgaste.
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Fig. 1 Representation of the individual test chamber.
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Fig. 2 Qualitative virtual analysis of the wear.
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Fig. 3 Desgaste do inserto X-UHMWPE versus número de ciclos.
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Fig. 3 X-UHMWPE insert wear versus number of cycles.