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DOI: 10.1055/s-0044-1796679
REPRESENTAÇÃO DE DADOS EPIDEMIOLÓGICOS - CLÍNICO - PATOLÓGICOS E TERAPÊUTICOS E SUA CORRELAÇÃO COM A ANCESTRALIDADE GENÉTICA EM PACIENTES COM CÂNCER COLORRETAL DO HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS
Introdução: O câncer colorretal (CCR) é a terceira ne-oplasia mais frequente na população mundial. No Brasil, esta neoplasia ocupa o terceiro lugar em incidência, mas vem aumentando nos últimos anos, devido a múltiplos fatores, tais como o estilo de vida e envelhecimento populacional. O estadiamento é o principal fator prognóstico. A estrutura étnica da população vem ganhando relevo como mais um potencial fator de prognóstico, e isso se torna mais premente na população Brasileira, devido à sua grande miscigenação. Objetivo: Caracterizar os aspectos epidemiológicos-clínico-pato-lógicos e terapêuticos de uma série de mais de 1000 pacientes com CCR atendidos no Hospital de Câncer de Barretos, identificar os principais fatores prognósticos e determinar a sua ancestralidade genética, correlacionando a estrutura étnica dos pacientes com os restantes dados epidemiológicos e clínico-patológicos. Método: Estudo de coorte retrospectiva de 1013 pacientes de conveniência de pacientes portadores de câncer CCR, admitidos para tratamento e seguimento entre 2000-2014, sendo realizada uma caracterização epidemiológica-clínica-patológica e terapêutica correlacionando com supostos fatores prognósticos como a localização do tumor primário divididos em cólon direito e esquerdo e ancestralidade genética. Resultados: Houve predominância do sexo masculino, faixa etária entre 50 e 75 anos e EC II, o lado esquerdo/reto se destacou com 75% dos casos. Não foi observada diferenças na sobrevida câncer específica entre a localização dos tumores primários.Os tumores no lado esquerdo foram associadas ao sexo masculino, idade inferior a 50 anos, tumores de baixo grau, tumores T1 e T2, ausência de tumores sincrônicos. Os principais fatores prognósticos foram o estadiamento, cirurgia de urgência, invasão angiolinfática, e localização no cólon esquerdo. Com relação à ancestralidades, foi observado que proporção mais frequente foi a europeia (74%). As distintas proporções de ancestralidade genética não se associaram com a sobrevida dos pacientes. Conclusão: Foi uma das mais completas caracterizações em pacientes brasileiros com CCR correlacionada com o perfil de an-cestralidade. A ancestralidade africana foi associada a pacientes jovens. Os principais fatores de prognóstico identificados estão em linha com a literatura internacional, e a ancestralidade genética foi associada com algumas características clinico-patológicas, no entanto, sem influência no prognóstico dos pacientes.
No conflict of interest has been declared by the author(s).
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Article published online:
10 July 2025
© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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