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DOI: 10.1055/s-0044-1796682
ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO MODIFICÁVEIS PARA O CÂNCER DE MAMA EM FAMILIARES DE MULHERES COM ESSA NEOPLASIA
Introdução: O câncer de mama é uma doença multifatorial ainda considerada um grave problema de saúde pública. Em se tratando de prevenção da doença, especial interesse recai sobre os fatores de risco modificáveis, como: excesso de peso após a menopausa, sedentarismo, alimentação inadequada, utilização de terapias hormonais, tabagismo e consumo diário de bebidas alcoólicas. Objetivo: Conhecer os hábitos de vida de risco, em relação ao câncer de mama, de familiares de mulheres com essa neoplasia em tratamento em um Hospital Público de Minas Gerais. Método: Estudo observacional, em que foram incluídas 524 familiares de primeiro e segundo graus de mulheres com câncer de mama em tratamento antineoplásico. As participantes responderam a um questionário semiestruturado, elaborado pelos próprios pesquisadores, para investigação dos fatores de risco potencialmente modificáveis para o desenvolvimento da doença. Resultados: A idade mediana das participantes foi de 45 (18-80) anos. Verificou-se que 24,42% (n=128) delas eram sobrepeso e 21% (n=110) eram obesas. Vale ressaltar o alto percentual de excesso de peso entre as mulheres pós-menopausadas (48,35%; n=103). Em relação à frequência do uso de bebida alcoólica, 4,2% (n=22) das familiares a consomem ou consumiam mais do que 3x/semana. O tabagismo foi ou é prática atual de 25,19% (n=132) delas. Outro dado preocupante, é em relação ao sedentarismo, uma vez que 62,21% (n=326) das mulheres referiram não praticar atividade física. A maioria da população em estudo fez ou faz uso regular de anticoncepcional oral (77,5%; n=406) e, das 213 mulheres menopausadas, 26,30% (n=56) fizeram ou fazem uso de terapia de reposição hormonal. Ademais, em relação à alimentação, observou-se o consumo excessivo (≥ 4 vezes/semana) de carne vermelha por 55,53% (n=291) das mulheres e de alimentos gordurosos por 27,86% (n=146). O baixo consumo (≤ 3 vezes/semana) de hortaliças foi citado por 24,80% das mulheres e de frutas por 36,45% (n=191) delas. Conclusão: Esse estudo concluiu que as familiares de mulheres com câncer de mama apresentam hábitos de vida que aumentam o risco para o desenvolvimento da doença, e que, a minimização desses fatores por meio de estratégias educativas é importante para melhora da qualidade de vida e prevenção de doenças crônicas não transmissíveis como a neoplasia mamária.
No conflict of interest has been declared by the author(s).
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10 July 2025
© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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