Open Access
CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-84
DOI: 10.1055/s-0044-1796682
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TEMÁRIO: TUMORES DE MAMA

ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO MODIFICÁVEIS PARA O CÂNCER DE MAMA EM FAMILIARES DE MULHERES COM ESSA NEOPLASIA

Patrícia Ferreira Ribeiro Delfino
1   HOSPITAL DO CÂNCER EM UBERLÂNDIA
,
Eduarda da Costa Marinho
1   HOSPITAL DO CÂNCER EM UBERLÂNDIA
,
Camila Piqui Nascimento
1   HOSPITAL DO CÂNCER EM UBERLÂNDIA
,
Clarissa Lóbo Portugal da Cunha
1   HOSPITAL DO CÂNCER EM UBERLÂNDIA
,
Felipe Andrés Cordero da Luz
1   HOSPITAL DO CÂNCER EM UBERLÂNDIA
,
Rafael Mathias Antonioli
1   HOSPITAL DO CÂNCER EM UBERLÂNDIA
,
Thais Rezende Mendes
1   HOSPITAL DO CÂNCER EM UBERLÂNDIA
,
Marcelo José Barbosa Silva
1   HOSPITAL DO CÂNCER EM UBERLÂNDIA
,
Rogério Agenor de Araújo
1   HOSPITAL DO CÂNCER EM UBERLÂNDIA
› Author Affiliations
 

    Introdução: O câncer de mama é uma doença multifatorial ainda considerada um grave problema de saúde pública. Em se tratando de prevenção da doença, especial interesse recai sobre os fatores de risco modificáveis, como: excesso de peso após a menopausa, sedentarismo, alimentação inadequada, utilização de terapias hormonais, tabagismo e consumo diário de bebidas alcoólicas. Objetivo: Conhecer os hábitos de vida de risco, em relação ao câncer de mama, de familiares de mulheres com essa neoplasia em tratamento em um Hospital Público de Minas Gerais. Método: Estudo observacional, em que foram incluídas 524 familiares de primeiro e segundo graus de mulheres com câncer de mama em tratamento antineoplásico. As participantes responderam a um questionário semiestruturado, elaborado pelos próprios pesquisadores, para investigação dos fatores de risco potencialmente modificáveis para o desenvolvimento da doença. Resultados: A idade mediana das participantes foi de 45 (18-80) anos. Verificou-se que 24,42% (n=128) delas eram sobrepeso e 21% (n=110) eram obesas. Vale ressaltar o alto percentual de excesso de peso entre as mulheres pós-menopausadas (48,35%; n=103). Em relação à frequência do uso de bebida alcoólica, 4,2% (n=22) das familiares a consomem ou consumiam mais do que 3x/semana. O tabagismo foi ou é prática atual de 25,19% (n=132) delas. Outro dado preocupante, é em relação ao sedentarismo, uma vez que 62,21% (n=326) das mulheres referiram não praticar atividade física. A maioria da população em estudo fez ou faz uso regular de anticoncepcional oral (77,5%; n=406) e, das 213 mulheres menopausadas, 26,30% (n=56) fizeram ou fazem uso de terapia de reposição hormonal. Ademais, em relação à alimentação, observou-se o consumo excessivo (≥ 4 vezes/semana) de carne vermelha por 55,53% (n=291) das mulheres e de alimentos gordurosos por 27,86% (n=146). O baixo consumo (≤ 3 vezes/semana) de hortaliças foi citado por 24,80% das mulheres e de frutas por 36,45% (n=191) delas. Conclusão: Esse estudo concluiu que as familiares de mulheres com câncer de mama apresentam hábitos de vida que aumentam o risco para o desenvolvimento da doença, e que, a minimização desses fatores por meio de estratégias educativas é importante para melhora da qualidade de vida e prevenção de doenças crônicas não transmissíveis como a neoplasia mamária.


    No conflict of interest has been declared by the author(s).

    Contato:

    PATRÍCIA FERREIRA RIBEIRO DELFINO

    Publication History

    Article published online:
    10 July 2025

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