Open Access
CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-84
DOI: 10.1055/s-0044-1796759
POSTER
TEMÁRIO: FARMÁCIA

FATORES ASSOCIADOS À ADESÃO AO TRATAMENTO COM TAMOXIFENO EM PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA DE UMA INSTITUIÇÃO ONCOLÓGICA DA REGIÃO SUL DO BRASIL

Marcelo Tsuyoshi Yamane
1   LIGA PARANAENSE DE COMBATE AO CANCER
,
Evelyn Castillo Lima Vendramini
1   LIGA PARANAENSE DE COMBATE AO CANCER
,
Solane Picolotto
1   LIGA PARANAENSE DE COMBATE AO CANCER
,
Crislayne Bontorin
1   LIGA PARANAENSE DE COMBATE AO CANCER
,
Thais Abreu de Almeida
1   LIGA PARANAENSE DE COMBATE AO CANCER
,
Jose Claudio Casali da Rocha
1   LIGA PARANAENSE DE COMBATE AO CANCER
,
Jeanine Marie Nardin
1   LIGA PARANAENSE DE COMBATE AO CANCER
› Author Affiliations
 

    Introdução: O câncer de mama, excluindo o câncer de pele não melanoma, é o mais prevalente entre as mulheres no mundo, representando 28% dos casos. Dentre os tratamentos, a terapia endócrina oral com tamoxifeno melhora o prognóstico das pacientes, com tumores hormonais positivos, em cerca de 70%. A duração do tratamento pode chegar a mais de 10 anos, tornando a adesão desafiadora. A sua má adesão, que pode chegar a 70%, é preocupante porque se relaciona a menores taxas de sobrevida. Objetivo: Determinar a relação entre adesão ao tratamento com tamoxifeno, com etnia, estadiamento ao diagnóstico, nível de escolaridade e idade das pacientes com câncer de mama de uma instituição oncológica da região sul do Brasil. Método: Foi realizado estudo prospectivo para determinar a adesão ao tratamento com tamoxifeno. Esta foi avaliada em 146 pacientes pelo método Morisky (MMAS-4) aos 3, 6 e 12 meses de terapia, assim como pela taxa de posse da medicação (MPR). Os dados de adesão foram relacionados com etnia, estadiamento ao diagnóstico, nível de escolaridade e idade das pacientes, determinados por questionário estruturado. Resultados: Conforme MMAS-4, 62%, 68% e 71% das pacientes apresentaram alta adesão (3, 6 e 12 meses respectivamente), e 1/4 delas apresentaram adesão imprópria nos 3 momentos avaliados. Consistência foi observada entre os 3 e 6 meses (p=0,046) e redução na adesão foi verificada de 6 para 12 meses. Apesar de 5% dos pacientes serem considerados não-aderentes por MPR, não foi observada relação com MMAS-4. Nenhuma correlação entre adesão e estadio clinico foi verificado. Quando avaliado a etnia, aos 3 meses de tratamento foi observado melhor perfil de adesão entre brancos quando comparado com demais grupos (p=0,024), porém para 6 e 12 meses de tratamento não houve diferença nesse perfil. Quanto à escolaridade, aos 12 meses de tratamento, é observado um pior perfil de adesão em pacientes com melhor de escolaridade quando comparado com os demais (p=0,043). Conclusão: Diferente do que a literatura pesquisada mostra, a adesão foi pior em pacientes com mais escolaridade, e as pacientes brancas, obtiveram melhor perfil de adesão. Um dado preocupante é que 1/4 das pacientes apresentaram adesão imprópria, colocando em risco um desfecho clínico abaixo do desejado. A análise identificou características das pacientes, associadas a vulnerabilidade durante o tratamento e pode ajudar a melhorar a adesão, a qualidade dos cuidados e a sobrevida das pacientes.


    No conflict of interest has been declared by the author(s).

    Contato:

    JEANINE MARIE NARDIN

    Publication History

    Article published online:
    10 July 2025

    © 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.

    Thieme Revinter Publicações Ltda.
    Rua do Matoso 170, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20270-135, Brazil