RESPOSTA SUSTENTADA COM DENOSUMABE EM TUMORES DE CÉLULAS GIGANTES LOCALMENTE AVANÇADO

O tumor de células gigantes (TGC) é uma patologia benigna rara (3-5% dos tumores ósseos1), que ocorre em adultos jovens. Apesar de benigno o TCG é localmente agressivo e responsável por quadros álgicos incapaci-tantes e, raramente, por disseminação hematogênica. A cirurgia é o principal tratamento, entretanto, as taxas de recorrência são altas. Recentemente, informações sobre a biologia tumoral e os fatores relacionados à diferenciação osteoclástica (RANK, RANKL, OPG, M-CSF) trouxeram novas perspectivas para o tto de TCG avançados, sendo a principal delas o desonumabe, anticorpo monoclonal anti-RANKL. Entretanto, informações sobre a duração do tratamento (tto) e manejo da droga no cenário em que é atingida estabilidade clínica e radiológica, são escassas. Relatamos 5 casos tratados com denosumabe na dose de 120mg a cada 28 dias e que apresentaram estabilidade de doença e beneficio clinico mantido por tempo prolongado (>1a). Caso 1: NSS, 48a, feminina, com TGC em quadril irressecável, submetida a 5 sessões de embolização intratumoral e zometa. Após PD, em maio/15, utilizou desonumabe por 1 ano. Apresentou controle álgico e estabilidade radiológica, resultados mantidos até o momento (há 24m sem tto). Caso 2: VAP, 29a, feminino, diagnóstico de TGC em quadril irresecável, em maio/14. Fez o tratamento com denosumabe por 9 ciclos com beneficio clinico e estabilidade radiológica, mantida até o momento, s/ tto há 26 meses. Caso 3 CRR, 30a, masculino, em maio/15 diagnóstico de TGC em coluna vertebral irressecável. Inicio de denosumabe em jul/15, em uso até o momento, com estabilidade de doença e melhora da dor. Caso 4: JJM, feminino, 30 anos, diagnosticada com TGC em radio direito em abril/11. Realizou 8 cirurgias para ressecções locais. Entretanto, apresentou recidiva pulmonar e em ulna direita. Paciente recebeu denosu-mabe por 1 ano com RP, porém suspendeu a droga por toxicidade. Após 18 meses de seguimento, apresentou PD tratada novamente com denosumabe com resposta clinica e radiológica mantida por 1 ano (ainda em uso). Caso 5: ASO, 38 anos com TCG em coluna torácica submetida a ressecção parcial, embolização e zometa. Evoluiu com PD quando iniciado denosumabe em 03/13 com melhora dor e estabilidade desde então (ainda em uso). Embora sem tratamento padrão definido, o uso de denosumabe baseado em racional biológico descrito demonstrou resultados favoráveis e prolongados no tratamento dos 4 pcts relatados, mesmo após suspensão da medicação.

 

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Article published online:
10 July 2025