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CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-84
DOI: 10.1055/s-0044-1796790
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TEMÁRIO: PULMÃO

COMPARAÇÃO DA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA DOS PACIENTES COM CÂNCER DE PULMÃO NÃO-PEQUENAS CÉLULAS TRATADOS NA PRATICA CLÍNICA E NA PESQUISA CLÍNICA

Paulo Ricardo Santos Nunes Filho
1   CENTRO DE PESQUISA EM ONCOLOGIA DO HOSPITAL SÃO LUCAS
,
Mahira de Oliveira Lopes da Rosa
1   CENTRO DE PESQUISA EM ONCOLOGIA DO HOSPITAL SÃO LUCAS
,
Maria Helena Sostruznik
1   CENTRO DE PESQUISA EM ONCOLOGIA DO HOSPITAL SÃO LUCAS
,
Carlos Henrique Escosteguy Barrios
1   CENTRO DE PESQUISA EM ONCOLOGIA DO HOSPITAL SÃO LUCAS
,
André Poisl Fay
1   CENTRO DE PESQUISA EM ONCOLOGIA DO HOSPITAL SÃO LUCAS
,
Ana Caroline Zimmer Gelatti
1   CENTRO DE PESQUISA EM ONCOLOGIA DO HOSPITAL SÃO LUCAS
,
Gustavo Werutsky
1   CENTRO DE PESQUISA EM ONCOLOGIA DO HOSPITAL SÃO LUCAS
› Author Affiliations
 

    Introdução: Estudos avaliando se pacientes com câncer tratados em ensaios clínicos tem melhor desfecho comparado aos tratados na prática clínica são controversos. Existe uma percepção de médicos e pacientes que participantes de ensaios clínicos tem melhor assistência e benefícios do tratamento. Entretanto, diferenças na qualidade do atendimento prestado entre a prática e pesquisa são pouco descritos na literatura. Objetivo: Comparar a qualidade da assistência prestada aos pacientes com câncer de pulmão não-pequenas células na prática clínica comparado aos participantes de ensaios clínicos. Método: Estudo retrospectivo, que incluiu pacientes com câncer de pulmão não-pequenas células, metastático, que realizaram tratamento de primeira linha no Hospital São Lucas PUCRS de Porto Alegre (RS) entre janeiro de 2014 e maio de 2017. Pacientes tratados em ensaios clínicos no centro de pesquisa (CPO) foram pareados (para performance status, idade, etc) com aqueles tratados na pratica clínica (ambulatório SUS). Para análise estatística foram utilizados os testes U de Mann-Whitney, exato de Fisher e log-rank. Resultados: 95 pacientes foram incluídos (80 provenientes da clínica e 15 da pesquisa). As características basais foram semelhante entre os dois grupos. A idade média foi 63 anos e adenocarcinoma foi a histologia mais comum (71%); 65% dos pacientes tinham PS<2, 61,3% tinham alguma co-morbidade e 85% eram tabagistas ativos ou ex-tabagistas. Observou-se diferença significativa entre clínica e pesquisa no número de consultas/mês (mediana de 1,3 vs 2 respectivamente, P = 0,012) e de tomografias/mês (0,33 vs 0,5, P = 0,01). A proporção de pacientes que consultaram mais de 2 vezes/mês também diferiu entre os dois grupos (24,4% vs 53,3%; P = 0,032) favorecendo o pesquisa. Não detectou-se diferença significativa entre os grupos quanto ao número de hospitalizações, proporção de interrupção por eventos adversos e tempo para início do tratamento. Conclusão: Nosso estudo demonstrou diferenças na qualidade assistencial entre pacientes atendidos na prática clínica e pesquisa clínica, embora seja um estudo pequeno e observacional.


    No conflict of interest has been declared by the author(s).

    Contato:

    MARIA HELENA SOSTRUZNIK

    Publication History

    Article published online:
    10 July 2025

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