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CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-84
DOI: 10.1055/s-0044-1796804
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TEMÁRIO: TUMORES TGI INFERIOR (COLON / RETO / ÂNUS)

AVALIAÇÃO FARMACOECONÔMICA DE DIFERENTES SEQUÊNCIAS DE QUIMIOTERAPIA PARA PACIENTES COM CÂNCER COLORRETAL METASTÁTICO NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)

Andre Deeke Sasse
1   GRUPO SONHE
,
Adriana Camargo de Carvalho
1   GRUPO SONHE
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    Introdução: O arsenal terapêutico contra o câncer colorretal metastático (CCRm) evoluiu muito ao longo dos últimos anos. Diferentes combinações envolvendo quimioterapias citotóxicas, assim como agentes biológicos, usados isolados ou em associação, melhoraram significativamente o prognóstico dos pacientes. Entretanto, a sequência ideal destes agentes terapêuticos, bem como seu impacto econômico na saúde pública brasileira ainda não estão bem estabelecidos. Objetivo: Avaliar a custo-efetividade de diferentes sequências de tratamentos utilizadas atualmente no manejo de pacientes com CCRm, sob a perspectiva do SUS. Método: Um modelo de Markov foi criado para comparar custos e impactos de 14 diferentes estratégias para o tratamento do CCRm irressecável. Dados de eficácia foram extraídos de ensaios clínicos randomizados projetando resultados para toda a vida dos pacientes. Os custos associados foram obtidos a partir de tabelas e preços regulamentadas pelo Ministério da Saúde do Brasil. Resultados: A incorporação de novas drogas melhorou a expectativa de vida média dos pacientes, saindo de 10,2 meses para aqueles submetidos a fluorouracil e Leuco-vorin seguido de irinotecano e alcançando 21,8 meses nos pacientes submetidos a duas linhas de tratamento subsequentes, com associação de bevacizumabe ou cetuximabe em 1ª linha de acordo com o status RAS. No entanto, os custos globais incrementados foram expressivamente significativos, saindo de R$ 17.655 na estratégia menos efetiva, para cerca de R$ 271.531 na estratégia mais efetiva. Todas as sequências que incorporaram terapias biológicas encontram-se acima do limiar de custo-efetividade, atualmente equivalente a R$ 86.628. Os custos diretos relacionados à aquisição dos anticorpos foi o elemento que exerceu maior influência sobre os resultados. Uma possível implantação do dispositivo de infusão domiciliar tornaria o tratamento com FOLFOX seguido de FOLFIRI uma estratégia custo-efetiva. Conclusão: Do ponto de vista do SUS, qualquer nova sequência estratégica que compreenda a incorporação de agentes biológicos nos preços atualmente tabelados ao arsenal terapêutico disponível hoje pelo SUS não pode ser considerada custo-efetiva para o tratamento do CCRm. A utilização da sequência FOLFOX-FOLFIRI, com infusor domiciliar para quimioterapia pode ser a estratégia mais custo-efetiva hoje, dentro da realidade do SUS.


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    ANDRÉ SASSE

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    Article published online:
    10 July 2025

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