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DOI: 10.1055/s-0044-1796807
SÍNDROME DE LI-FRAUMENI EM PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA EM INSTITUIÇÃO NO SUL DO BRASIL: ESTUDO PROSPECTIVO
Introdução: A síndrome de Li-Fraumeni (SLF) ocorre devido à mutação do gene TP53, resultando em um alto risco de desenvolvimento de um amplo espectro de neoplasias em idade precoce. Destas, a neoplasia de mama é a mais comumente diagnosticada. As regiões sul e sudeste do Brasil possuem uma prevalência elevada de SLF, atingindo taxas de 1: 300 indivíduos em contraste com as taxas de 1: 5000, observada no resto do mundo. Objetivo: Analisar características epidemio-lógicas e clínicas de pacientes com câncer de mama e portadoras de SLF atendidas no serviço entre 2014 e 2017. Método: Estudo prospectivo, observacional, longitudinal e analítico. Pacientes diagnosticadas desde 2014 com câncer de mama foram acompanhadas clinicamente e responderam um questionário sobre histórico familiar de câncer. Foi realizada análise estatística descritiva dos dados. Resultados: Foram incluídas 366 pacientes. Dentre elas, 279 (76,2%) apresentavam câncer de mama pré-menopausal antes dos 46 anos. Dentre elas, 43 (15,4%) possuíam pelo menos um parente de primeiro ou segundo grau com histórico de tumor do espectro da síndrome de Li-Fraumeni antes dos 56 anos. Nenhuma paciente apresentava múltiplos tumores. Nenhuma paciente foi diagnosticada com carcinoma adrenocortical ou tumor do plexo coroide. Assim, 43 (11,7%) possuíam critérios diagnósticos de Chompret para a síndrome de Li-Fraumeni e nenhuma (0%) possuía critérios diagnósticos de Síndrome de Li-Fraumeni clássica. A média de idade entre essas 43 pacientes foi de 55,5 anos. O tipo histológico do tumor encontrado na biópsia das pacientes com critérios de Chompret para a síndrome de Li-Fraumeni foi avaliado em 41 (95,3%) pacientes. Foi encontrado um (2,4%) caso de carcinoma ductal in situ, um (2,4%) de carcinoma infiltrante mucinoso (coloide), um (2,4%) de carcinoma infiltrante tubular, dois (4,8) de carcinoma infiltrante lobular, 32 (78%) de carcinoma infiltrante ductal e quatro (12,9%) de outros tipos histológicos. Foi realizada imunoistoquímica na amostra da biópsia de 35 (81,3%) pacientes. Foi encontrado subtipo molecular luminal A em nove (25,7%) das amostras, luminal B em 19 (54,2%), luminal B HER2+ em nove (25,7%) e triplo negatvo em três (8,5%). Conclusão: A SLF possui alta prevalência no sul do país e esteve associada à maior agressividade do tumor de mama.
No conflict of interest has been declared by the author(s).
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Article published online:
10 July 2025
© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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