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CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-233
DOI: 10.1055/s-0044-1796841
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TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA

CARCINOMA BASOCELULAR DA FACE, MARGENS COMPROMETIDAS E RISCO DE RECIDIVA

Oly Campos Corleta
1   UNIVERSIDA DE PASSO FUNDO
,
Luis Fernando Moreira
1   UNIVERSIDA DE PASSO FUNDO
,
Victor Sánchez Zago
1   UNIVERSIDA DE PASSO FUNDO
,
Thais Vicentine Xavier
1   UNIVERSIDA DE PASSO FUNDO
,
Sofia Zahler
1   UNIVERSIDA DE PASSO FUNDO
,
Gabriela Stahl
1   UNIVERSIDA DE PASSO FUNDO
,
Geraldo Machado Filho
1   UNIVERSIDA DE PASSO FUNDO
,
Marcelo Castro Marçal Pessoa
1   UNIVERSIDA DE PASSO FUNDO
› Author Affiliations
 

    Introdução: Apesar de outras modalidades de tratamento, a excisão cirúrgica com margens livres histologicamente comprovadas permite controle local absoluto e tem sido amplamente considerada como a principal escolha para o carcinoma basocelular (CBC), sendo a excisão completa, se o risco de recorrência e invasão local forem o objetivo primordial. Objetivo: investigar as características histológicas e o papel do cirurgião envolvido na recorrência de CBC facial quanto às margens de segurança. Pacientes e métodos: Análise multivariada foi realizada em 285 casos de CBCs consecutivos referidos ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Serviços de Cirurgia Geral ou Plástica, entre 1° de Janeiro e 31 de dezembro de 2013 e seguidos a cada 6 meses até 30 de novembro de 2016; média (SD) de 14,7 (11,7) meses. Todos os dados foram analisados em áreas de alto ou baixo-risco, lesão primária ou recorrente e grupos de excisão completa ou incompleta. Resultados: Houve 145 (51%) homens e 140 (49%) mulheres; idade mediana (intervalo) de 67 anos (29 a 85). Cirurgião geral ou plástico operaram 218 (77%) ou 67 (23%) casos de CBCs, respectivamente. A maioria dos CBCs faciais era de área de alto risco (n = 188; 66%); primária (n = 246; 86,3%) principalmente subtipos nodular (195; 68%) ou infiltrativo (n = 57; 20%), com tamanho médio (DP; variação) de 10,6 (8,2; 3-120) mm. Recidiva ocorreu em 19 (7%) casos em uma média (DP) de 18,7 (7,9) meses; 14 (5,7%) e 5 (13%), respectivamente para CBCs primários e recorrentes , sendo 33,9% para ressecções incompletas e apenas 3% para lesões completamente ressecadas. Um risco significativamente aumentado para recidiva foi observado para lesões maior que 10mm [OR = 0,19; 95% CI (0,05 - 0,67); p = 0,01] e para lateral [OR = 7.10; 95% CI (2,70-18.66); p = 0,0001] profundo [OR = 4,92; 95% CI (1,59-15,19); p = 0,005] ou qualquer [OR = 6,75; 95% CI (2,57-17,73); p = 0,0001] margem comprometida (n = 56; 20%). Lesões recorrentes tendem a recidivar novamente [OR = 2,58; 95% CI (0.87 - 7,67); NS]. Lesões maiores e margens comprometidas foram independentes fatores de risco significativamente associado a recorrência tanto na análise bivariada quanto na multivariada. Não foram observadas diferenças em relação a áreas de alto e baixo-risco, tempo de recidiva ou especialidade do cirurgião. Conclusão: O controle de margem cirúrgica é ainda crucial para recidiva, apesar de áreas de alto ou baixo-risco e da especialidade do cirurgião para CBCs da face.


    No conflict of interest has been declared by the author(s).

    Contato:

    VÍCTOR SÁNCHEZ ZAGO

    Publication History

    Article published online:
    10 July 2025

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