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CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-233
DOI: 10.1055/s-0044-1796870
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TEMÁRIO: NUMACO / FISIOTERAPIA

DISFUNÇÕES MÚSCULOESQUELÉTICAS E NEUROLÓGICAS PÓS-OPERATÓRIAS DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO

Caroline Vaz da Cunha
1   HOSPITAL DE CÂNCER DE MATO GROSSO
,
Erik Freitas Fortes Bustamante
1   HOSPITAL DE CÂNCER DE MATO GROSSO
,
Elaine Cardoso de Oliveira Souza
1   HOSPITAL DE CÂNCER DE MATO GROSSO
› Author Affiliations
 

    Introdução: Disfunções musculoesqueléticas e neuroógicas pós-operatórias do câncer de cabeça e pescoço RESUMO Introdução: Tumores de cabeça e pescoço correspondem ao quinto tipo de câncer mais comum no mundo, levando a altas taxas de mortalidade. Os procedimentos cirúrgicos relacionados ao tratamento desse tipo de câncer são altamente invasivos e podem estar relacionados a diversas disfunções musculoesqueléticas, neurológicas e respiratórias. Objetivo: Apontar as principais disfunções musculoesqueléticas e neurológicas em pacientes submetidos à cirurgia oncológica de cabeça e pescoço. Método: Estudo de coorte retrospectivo descritivo que avaliou pacientes submetidos a tratamento oncológico com intervenção cirúrgica em um hospital oncológico terciário. Foram avaliados os arquivos médicos dos pacientes submetidos à cirurgia oncológica de cabeça e pescoço no ano de 2016. Os dados analisados foram: idade, sexo, história clínica, localização do tumor, tipo de procedimento cirúrgico e disfunções musculoesqueléticas e neurológicas encontradas. Resultados: Foram avaliados ao todo422 registros médicos de pacientes que foram submetidos ao tratamento cirúrgico de tumores de cabeça e pescoço entre janeiro e dezembro de 2016. As localizações dos tumores mais frequentemente relacionadas às disfunções foram tireóide (36,8%), palato mole (26,3%), mandíbula (15,7%), laringe (10,5%), maxilar (5,2%) e parótida (5,2%) Observou-se que 16 pacientes apresentaram algum tipo de disfunção musculoesquelética e 3 apresentaram disfunção neurológica. Dentre as principais alterações musculoesqueléticas estão o trismo (26,3%), dor escapular (15,7%), fibrose(10,5%), atrofia do muscúlo trapézio (5,26%), limitação dos movimentos do membro superior (5,26%) e edema facial (5,26%). A disfunção neurológica encontrada foi a paresia do nervo facial em 15,7% dos casos estudados. Conclusão: As intervenções cirúrgicas realizadas no tratamento oncológico de cabeça e pescoço podem apresentar complicações e disfunções musculoesqueléticas e neurológicas devido ao tamanho do tumor, tipo de técnica cirúrgica adotada, prolongado tempo com uso de espaçadores cirúrgicos, adaptação do tecido após a cirurgia, entre outros fatores. Isso evidencia a importância do trabalho multidisciplinar, onde o profissional fisioterapeuta poderia contribuir minimizando o desconforto, prevenindo maiores complicações e proporcionando retorno das funções acometidas.


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    CAROLINE VAZ DA CUNHA

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    Article published online:
    10 July 2025

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