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DOI: 10.1055/s-0044-1796870
DISFUNÇÕES MÚSCULOESQUELÉTICAS E NEUROLÓGICAS PÓS-OPERATÓRIAS DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO
Introdução: Disfunções musculoesqueléticas e neuroógicas pós-operatórias do câncer de cabeça e pescoço RESUMO Introdução: Tumores de cabeça e pescoço correspondem ao quinto tipo de câncer mais comum no mundo, levando a altas taxas de mortalidade. Os procedimentos cirúrgicos relacionados ao tratamento desse tipo de câncer são altamente invasivos e podem estar relacionados a diversas disfunções musculoesqueléticas, neurológicas e respiratórias. Objetivo: Apontar as principais disfunções musculoesqueléticas e neurológicas em pacientes submetidos à cirurgia oncológica de cabeça e pescoço. Método: Estudo de coorte retrospectivo descritivo que avaliou pacientes submetidos a tratamento oncológico com intervenção cirúrgica em um hospital oncológico terciário. Foram avaliados os arquivos médicos dos pacientes submetidos à cirurgia oncológica de cabeça e pescoço no ano de 2016. Os dados analisados foram: idade, sexo, história clínica, localização do tumor, tipo de procedimento cirúrgico e disfunções musculoesqueléticas e neurológicas encontradas. Resultados: Foram avaliados ao todo422 registros médicos de pacientes que foram submetidos ao tratamento cirúrgico de tumores de cabeça e pescoço entre janeiro e dezembro de 2016. As localizações dos tumores mais frequentemente relacionadas às disfunções foram tireóide (36,8%), palato mole (26,3%), mandíbula (15,7%), laringe (10,5%), maxilar (5,2%) e parótida (5,2%) Observou-se que 16 pacientes apresentaram algum tipo de disfunção musculoesquelética e 3 apresentaram disfunção neurológica. Dentre as principais alterações musculoesqueléticas estão o trismo (26,3%), dor escapular (15,7%), fibrose(10,5%), atrofia do muscúlo trapézio (5,26%), limitação dos movimentos do membro superior (5,26%) e edema facial (5,26%). A disfunção neurológica encontrada foi a paresia do nervo facial em 15,7% dos casos estudados. Conclusão: As intervenções cirúrgicas realizadas no tratamento oncológico de cabeça e pescoço podem apresentar complicações e disfunções musculoesqueléticas e neurológicas devido ao tamanho do tumor, tipo de técnica cirúrgica adotada, prolongado tempo com uso de espaçadores cirúrgicos, adaptação do tecido após a cirurgia, entre outros fatores. Isso evidencia a importância do trabalho multidisciplinar, onde o profissional fisioterapeuta poderia contribuir minimizando o desconforto, prevenindo maiores complicações e proporcionando retorno das funções acometidas.
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10 July 2025
© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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