ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NAS COMPLICAÇÕES DAS RECONSTRUÇÕES MAMÁRIAS COM PRÓTESES EXPANSORAS

Objetivo: Descrever as condutas fisioterapêuticas utilizadas no tratamento das complicações após a reconstrução mamária com prótese expansoras. Método: Estudo de coorte retrospectiva de pacientes submetidas a reconstrução mamária com prótese de Becker, encaminhadas para tratamento fisioterapêutico pós-operatório no período de junho de 2013 a outubro de 2016. Resultados: Foram incluídas 28 mulheres com câncer de mama, sendo que 11 (28, 2%) foram submetidas a reconstrução bilateral. A maioria realizou mastectomia (79, 5%) e linfadenectomia axilar (43,6%), Considerando as complicações pós-operatórias, a deiscência ocorreu em 8 mamas (20,5%), sendo necessária ressutura cicatricial em 2 casos (5, 2%). Na avaliação fisioterapêutica, foi observada alta prevalência de complicações, sendo as mais frequentes o edema na mama (84,6%), a dor (48, 7%), fibrose tecidual (46, 2%) e síndrome da rede axilar (41,0%). O tempo mediano transcorrido entre a cirurgia e o encaminhamento para a fisioterapia foi de 30 dias (8 - 97). Houve encaminhamento mais precoce entre as que apresentavam dor (p=0,031) e edema (p<0,001). As pacientes permaneceram em tratamento fisioterapêutico por tempo mediano de 39 dias (13 - 150), sendo realizados em média 6, 2 atendimentos fisioterapêuticos nesse período (DP 4,9). As condutas fisioterapêuticas mais utilizadas foram compostas por kinesiotaping (92,3%), drenagem linfática manual (87, 2%) e mobilização de prótese (59, 0%). Conclusão: O encaminhamento precoce dos pacientes para tratamento pós-operatório deve ser considerado parte integrante da reabilitação oncológica a fim de prevenir e tratar as complicações. Este estudo é o primeiro a demonstrar as principais técnicas fisioterapêuticas utilizadas em cada complicação após reconstruções mamárias com prótese expansoras.

 

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Article published online:
10 July 2025