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DOI: 10.1055/s-0044-1796927
RECIDIVA DE CORDOMA DE SACRO – ABORDAGEM PRONA EXCLUSIVA
Apresentação do caso: Paciente M.I.A, 73 anos, admitida dor lombo-sacral há 6 meses com piora recente e ulceração pele. Eventual incontinência urinária e fecal. Realizou duas cirurgias prévias em outro serviço e biópsia incisional em dez/13 com LHP: cordoma de sacro. EF: ECOG 1, P 42 Kg, pulmões limpos, abdome plano, abaulamento na região sacral com ulceração de pele, TR Lesão fixa e posterior envolvendo canal anal e reto distal sem ulceração mucosa, esfíncter flácido TV NDN. CTs tórax e abdome total: lesão expansiva região sacral com envolvimento do reto distal, canal anal e músculo glúteo D, proximidade aos nervos ciáticos Cirurgia 08/15: Tática operatória – dissecção e afastamento dos nervos ciáticos bilateralmente; ressecção sacral S2/S3 em bloco com reto e canal anal em posição prona; seccionado cólon com grampeador e obliterado o defeito com útero. Após fechamento perineal primário, maturado colostomia terminal em QIE por incisão específica. LHP: Macro: Peça de 21×19×13 cm Micro: Cordoma 10×9 cm com margens livres distando 1 mm do reto e canal anal e com infiltração de pele subjacente. 2) Discussão: Cordomas são tumores malignos da medula espinhal com origem no tecido ectópico remanescente notocordial com crescimento lento, porém localmente agressivo podendo estender-se proximalmente invadindo o canal medular ou progredir anteriormente invadindo o sacro, junção sacro-ilíaca, tecidos e órgãos pélvicos adjacentes. Geralmente se apresenta com quadro de dor lombossacra moderada a intensa devido à destruição óssea e compressão de raízes nervosas, progressiva, de difícil controle e podendo evoluir com déficit motor e autonômico. O tratamento padrão é cirúrgico, com objetivo de obter-se uma cirurgia R0 pesando sempre custo benefício em qualidade de vida devido à relação entre grandes ressecções e seqüelas funcionais. Foi realizada abordagem exclusiva pelo períneo por tratar-se de uma lesão baixa S3/S4. Apesar de ser uma neoplasia com baixa resposta à QT e RT, foi optado por radioterapia adjuvante por se tratar de uma neoplasia já manipulada previamente. 3) Comentários finais: Paciente evoluiu sem déficits motores permanentes, porém com bexiga neurogênica. A sonda vesical foi mantida no pós-operatório precoce e encaminhada para tratamento na urologia. Atualmente realiza auto-cateterismo vesical intermitente, sem evidência de recidiva de doença há 22 meses.
No conflict of interest has been declared by the author(s).
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10 July 2025
© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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