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DOI: 10.1055/s-0044-1796928
RECIDIVA DE TUMOR DESMÓIDE EXTRA-ABDMINAL ACOMETENDO MAMA E PAREDE TORÁCICA – ABORDAGEM TERAPÊUTICA
Apresentação do caso: Paciente CRR, 39 anos, encaminhada do Departamento de Mastologia de nosso serviço, previamente submetida a biópsia excisional de nodulação na mama dir em 04/12 (LHP: Neoplasia Fusocelular com margens comprometida – IHQ tumor desmóide). Realizou quadrantectomia em 10/12 (LHP: Fibromatose Difusa, comprometimento da margem profunda de ressecção). Admitida em 11/16 com ulceração no local de cicatriz cirúrgica prévia. EF: ECOG 1, pulmões limpos, abdome plano, tumoração ulcerada fixa à parede torácica 4×5 cm QSE dir, axilas e fossas livres CT tórax: lesão expansiva na parede torácica, posterior ao peitoral maior de 2,9×5, 9cm Cirurgia 03/17: Tática operatória – ressecção da mama dir em bloco com musculatura peitoral e segmento de arcos costais (3 ao 5° arcos costais dir anterior), drenagem torácica fechada e reconstrução da parede torácica com tela de márlex e retalho miocutâneo (m grande dorsal). LHP: Peça de 24×19×9 cm; Tumor Desmóide de 6 cm, margem profunda comprometida (pleura parietal) e infiltração de parênquima mamário e de periósteo de arcos costais; Margens laterais livres. 2) Discussão: Tumores desmóides são derivados de fibroblastos, sem potencial metastático, porém com alta agressividade local e podem ser responsivos a estimulo hormonal. São moderadamente responsivos à RT, porém, o tratamento mais eficaz é cirúrgico com margens amplas, sendo a RT deixada para casos em que o tratamento cirúrgico é contra-indicado ou com margens próximas. Devem ser ressecados com margem mínima de 2 cm, pois o ato cirúrgico aumenta a agressividade do tumor caso o mesmo não seja completamente ressecado, exceto quando atingidos limites máximos das margens (pele/cavidade). Estruturas e órgãos contíguos acometidos devem ser ressecados em bloco. Devido à invasão de parênquima mamário, parede torácica e arcos costais, foi optado pela ressecção em bloco dos tecidos acometidos sendo necessária reconstrução da parede torácica com tela e retalho miocutâneo. 3) Comentários finais: Paciente evoluiu sem intercorrências no pós-operatório. Não apresenta nenhuma seqüela além de sensibilidade local. Encontra-se em seguimento há 6 meses sem evidência de recidiva da doença.
No conflict of interest has been declared by the author(s).
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Article published online:
10 July 2025
© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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