TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA COMO OPÇÃO DE TRATAMENTO PARA LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA

Introdução: A Leucemia Mieloide Aguda (LMA) é um tipo de câncer que afeta os mieloblastos, que não amadurecem, não desempenham sua função e ainda acumulam-se na medula óssea. O transplante de medula óssea consiste na substituição das células neoplásicas por células progenitoras hematopoéticas normais, restabelecendo a função medular nos pacientes. Existem três modalidades de transplante de medula óssea: o alogênico, o autogênico e o singênico. Objetivo: Efetuar uma revisão de literatura que abordasse o transplante de medula óssea como uma das opções de tratamento para a leucemia mieloide aguda, explicitando suas vantagens e desvantagens. Método: Este estudo constitui uma revisão de literatura. Os artigos foram selecionados por meio de busca nos bancos de dados Scielo e Ebsco, a partir da fonte Medline, além dos periódicos da revista JCO. A pesquisa dos artigos foi realizada entre janeiro e julho de 2016. Resultados: A primeira fase da recuperação é esperar para que as células-tronco comecem a produzir novas células sanguíneas, o que é denominado enxerto, que acontece normalmente dentro de 15 a 30 dias depois do transplante. Após a efetivação do enxerto, podem ser receitados imunossu-pressores, para impedir o aparecimento de uma complicação denominada Doença do Enxerto Contra Hospedeiro. A mortalidade nos 100 dias após o transplante é de 10-40% nos alogênicos e 5-20% nos autólogos. Enquanto nos transplantes autólogos a mortalidade é devido à doença base, nos alogênicos a principal causa é a DECH. Nos transplantes alogênicos, as drogas imu-nossupressoras são administradas precocemente para prevenção ou tratamento da DECH, o que aumenta o risco de infecções. Conclusão: O transplante de medula óssea é uma alternativa eficaz para tratamento da leucemia mieloide aguda, principalmente para os pacientes com recidivas. Entretanto, é necessário um bom manuseio das possíveis complicações, principalmente as relacionadas a DECH e infecções, para que haja menor mortalidade associada ao procedimento.

 

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Publication History

Article published online:
10 July 2025