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CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-233
DOI: 10.1055/s-0044-1796933
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TEMÁRIO: TUMORES RAROS – GIST E TNE

GIST GÁSTRICO: LIMITES E INDICAÇÕES DA CIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVA

Carolina dos Anjos Sampaio
,
Pedro Henrique Siqueira Lopes
,
Karla Cabral Costa
,
Larissa Toledo de Lima Duarte Souza
,
João Pedro Rodrigues Amar
,
Bruna Teixeira Marques
,
Jessica Matos Silva
,
Isabela Coelho Guimarães
 

    Os GIST foram definidos como entidade clínica específica baseada em conhecimentos à nível molecular, compreendendo cerca de 1-3% de todos os tumores Gastrointestinais (GI), sendo os mais frequentes deste trato. Estes se localizam por todo Trato GI sendo mais frequentes no Estômago (40-70%), majoritariamente a nível de Fundo Gástrico, seguido de Intestino Delgado (20-50%), Cólon e Reto (5%) e Esôfago (<1%). GISTs apresentam alta tendência à malignidade com critérios de estratificação de risco baseados na dimensão do tumor, índice mitótico e localização. O perfil dos portadores é variado, porém com predominâncias sendo o sexo feminino o mais prevalente e o perfil etário apresenta uma mediana de 62 anos sendo raro abaixo de 40 anos. 10-30% dos portadores apresentam quadro assintomático com lesões pequenas enquanto lesões maiores e com múltiplas metástases apresentam perda de peso, dor abdominal, náuseas, vômitos, hemorragia digestiva alta, hematoquezia e melena, apresentando, em sua progressão, quadro de abdome agudo obstrutivo e de suboclusão intestinal. Os métodos diagnósticos dos GISTs são a Endoscopia Digestiva Alta e a TC (focos de hiperdensidade, exofíticos e heterogêneos com atenuação central representativa de degeneração cística, hemorragia ou necrose) além da identificação Imunohistoquímica dos receptores KIT combinada à mutação nos genes KIT ou PDGFRA, seguido de análise da extensão da doença definindo proposta terapêutica. Inibidor da Tirosina-Cinase, o Imatinib, atua especificamente na alteração molecular tumoral sendo o tratamento de primeira linha para GIST irressecável, metastático ou recidivante, além de tratamento neoadjuvante para tumores de grandes dimensões auxiliando a abordagem cirúrgica para uma melhor ressecção R0. A opção por ressecção por Cirurgia Minimamente Invasiva varia de acordo com localização, morfologia e tamanho do tumor. Seus principais limites são a disponibilização dos recursos tecnológicos assim como a experiência do cirurgião. Quando há suspeita de metástase o tratamento deve ser radical com ressecção em monobloco dos órgãos acometidos devendo obter margens negativas checadas por congelação intra-operatória. A presença de doença residual, a rotura tumoral durante a cirurgia, presença de atividade de telomerase, tumores > 5cm, índice mitótico elevados e presença de necrose tumoral são fatores que influenciam negativamente no prognóstico sendo necessária abordagem meticulosa.


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    Contato:

    CAROLINA DOS ANJOS SAMPAIO

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    Article published online:
    10 July 2025

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