TUMOR GLÔMICO EM ANTEBRAÇO -RARO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE LESÕES DE PARTES MOLES

Apresentação do caso: Paciente de 72 anos, feminina, origem nipônica, com lesão nodular em antebraço direito, de crescimento lento e progressivo em 2 anos. Início recente de dor local. Sem comorbidades e história familiar de neoplasias. Foi realizado US de antebraço com diagnóstico de lesão nodular de 1,6 cm descrita no subcutâneo, hipervascular com emaranhado mal organizado de vasos, principalmente arterial, sugerindo ne-oplasia de partes moles de origem vascular. A paciente realizou TC de tórax e abdomen superior que não demonstrou sinais de doença a distância. Em virtude do tamanho da lesão e da baixa morbidade do procedimento foi optado pela realização da ressecção da lesão sem biópsia pré-operatória. Durante o procedimento foi observado que a lesão encontrava-se abaixo da fás-cia muscular do antebraço e não na localização descrita pelo US. Foi realizada ressecção com margens em torno de 3 mm tridimensional. A paciente teve alta no mesmo dia e não apresentou qualquer intercorrência por perda funcional no pós-operatório. A patologia final demonstrou tratar-se de um tumor glômico, confirmado por exames de IHQ. A presença deste tipo raro de tumor é mais comum em território jugulo-carotídeo e subungueal/digital, havendo alguns casos descritos de localização gástrica e endotraqueal. São tumores originários nos corpos glômicos, estruturas neuroarteriais responsáveis pela pressotermorregulação. São tipicamente hipervasculares e devem entrar no rol de diagnóstico diferencial de lesões hipervasculares de partes moles, apesar da raridade.

 

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Article published online:
10 July 2025