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DOI: 10.1055/s-0044-1796996
FRATURA TARDIA DE PORT A CATH COM EMBOLIZAÇÃO – UMA COMPLICAÇÃO TARDIA RARA – RELATO DE CASO
Apresentação do caso: MMGC, 52 anos, portadora de insuficiência renal crônica devido a diabetes mellitus tipo 2. Apresenta há 3 anos hipocalemia grave necessitando de reposição endovenosa de potássio, sendo indicado uso de Port a Cath (PC). Após 8 meses apresentou infecção do cateter por Acinetobacter, sendo indicada troca do dispositivo que procedeu sem intercorrências. 2 anos depois iniciou quadro de dor torácica intensa, febre alta e ausência de refluxo no PC. RaioX de tórax evidenciou fratura da ponta do cateter com embolização para veia cava superior. Foi submetida a retirada da ponta do cateter por via endovascular. Discussão: O PC é um dispositivo de longa permanência, eficaz e com baixas taxas de complicações. Indicado em situações que há necessidade de repetidos acessos ao sistema venoso e pode ser feito por punção percutânea ou por dissecção cirúrgica. As complicações podem ser classificadas em precoces, sendo infecção a mais comum, ou tardias que são incomuns, como fratura do cateter (0,4%). Relaciona-se a fatores como técnica de inserção, mau posicionamento e tempo de permanência. Geralmente é assintomática, mas pode se manifestar com dor torácica, dor no ombro ipsilateral, dor ou desconforto na administração in bolus ou sinais flogísticos. O diagnóstico é dado pelo RaioX de tórax, mostrando comprimento incompatível do catéter na veia e segmento ectópico do mesmo. A avaliação contrastada define o grau de extravasamento. A principal complicação de uma fratura de cateter venoso central é sua embolização, apresentando incidência de 0,1 a 0,2%. O cateter tem tendência a sofrer embolização para as câmaras cardíacas direitas, podendo atingir a artéria pulmonar e seus ramos. Neste caso, a ponta do cateter embolizou para a veia cava superior. A conduta é a remoção do dispositivo. Comentários finais: A paciente relatada no caso teve indicação oportuna de PC devido a necessidade de reposição endovenosa de potássio por hipocalemia secundária à Insuficiência renal. Apresentou em um primeiro momento uma complicação precoce – infecção e após troca do dispositivo e tratamento, após 2 anos apresentou complicação tardia – fratura do cateter e embolização para veia cava superior. Apesar de ser um procedimento relativamente simples do ponto de vista cirúrgico, o seguimento dos pacientes deve ser a longo prazo, em vista a identificar as complicações tardias que, apesar de raras, são potencialmente graves.
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10 July 2025
© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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