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CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-233
DOI: 10.1055/s-0044-1797010
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TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO

GASTRECTOMIA LAPAROSCÓPICA ASSISTIDA (LAG) EM PACIENTE TESTEMUNHA DE JEOVÁ – RELATO DE CASO

Isabelle França Bezerra
,
Francielly Tertulino Cunha
,
Crislanny Regina Santos da Silva
,
Isa Maryana Araujo Bezerra de Macedo
,
Larissa Bianca de Sousa Araújo
,
Jéssica Assunção Jatai
,
Mara Juliane Silva Jovino
,
George Alexandre Lira
 

    Apresentação do caso: M.A.L.S, 52 anos, feminina, testemunha de jeová. Admitida com queixa de episódios de hematêmese na urgência que fez endoscopia demonstrando uma lesão ulcerada com bordas nítidas, sugestiva de Bormann II com biopsia de adenocarcinoma gástrico difuso com células em anel de sinete e H. Pylori positivo. Foi submetida a gastrectomia laparoscópica assistida (LAG) e linfadenectomia a D2 com reconstrução em Y de Roux. A biopsia foi adenocarcinoma pouco coeso de células em anel de sinete, medindo 3 cm, infiltração até a serosa, invasão vascular não identificada, infiltração perineural presente, segmento do esófago e margens de ressecção cirúrgica livres. MTX 3/17 linfonodos extensão extracapsular (EEC)+. Estadiamento TNM: pT4N2M0. Fez tratamento adjuvante com quimioterapia e radioterapia. Discussão: A gastrectomia com linfadenectomia D2 convencional é o tratamento padrão-ouro. Porém, técnicas cirúrgicas pouco invasiva têm surgido, como a LAG. Por ser testemunha de Jeová e está anêmica naquele momento, escolheu--se tratamento mais hemostático quando comparado a técnica convencional. Os benefícios da LAG incluem menor taxa de sangramento intra-operatório e a recuperação mais rápida do íleo pós-operatório. Porém, em necessidade de converter a LAG para a técnica convencional deve ser feito independente do maior risco de sangramento e consequente a maior necessidade de transfusão sanguinea, já que se necessária para salvar a vida do paciente, não pode ser considerada uma violacão da autonomía de vontade da testemunha de Jeová, pois o limite entre a autonomia de vontade do paciente e o dever de agir do médico é o risco de morte. Comentários finais: É necessário o debate de novas possibilidades terapêuticas de transfusão sanguínea, a fim de garantir a segurança do paciente em casos como esse. Diversos líquidos que não contêm sangue constituem eficazes expansores do volume do plasma, como a dextrana, o Haemaccel e a solução de lactato de Ringer. A hidroxietila de amido é um mais recente expansor do volume do plasma e pode ser seguramente recomendado para aqueles pacientes que recusem a tradicional transfusão sanguínea.


    No conflict of interest has been declared by the author(s).

    Contato:

    CRISLANNY REGINA SANTOS

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    Article published online:
    10 July 2025

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