Subscribe to RSS

DOI: 10.1055/s-0044-1797012
COMPLICAÇÕES URINARIAS PÓS HISTERECTOMIA
Atualmente a histerectomia é o procedimento cirúrgico ginecológico mais realizado no Brasil. Este consiste na remoção cirúrgica do útero, podendo ser feita por via abdominal, quando ha uma incisão no abdome inferior, via vaginal, com uma incisão por dentro da vagina, via laparoscópica ou robótica, com pequenas incisões no abdome, dependendo da analise medica individualizada. Pode ser classificada como total, subtotal ou radical, dependendo do que é retirado no ato cirúrgico. Na histerectomia total ha a completa retirada do útero, incluindo o corpo e o colo do útero, na subtotal somente o corpo do útero é removido, já a radical ocorre a remoção de todo o útero, tecidos e ligamentos ao lado do útero, colo do útero e parte superior da vagina. Este procedimento é indicado em diversos casos, como miomas, endometriose, hiperplasia endometrial, câncer ginecológico, prolapso uterino, sangramento vaginal anormal ou dor pélvica crônica. O útero esta localizado no plano sagital mediano da cavidade pélvica, sobre a vagina, entre a bexiga urinaria e o reto, devido a isso, as cirurgias podem elevar o risco de lesões destas estruturas, podendo causar infecção do trato urinário (ITU) ou incontinência urinária, uma vez que a manipulação pélvica altera a inervação vesical. A bexiga urinaria serve como um reservatório temporário de armazenamento de urina. Quando vazia, se localiza inferiormente ao peritônio e posterior a sínfise púbica, quando cheia, se eleva para a cavidade abdominal. Embora tenha se tornado uma cirurgia parcialmente segura, a morbidade associada à histerectomia não pode ser menosprezada. Seu risco de mortalidade é considerado baixo devido aos tratamentos das doenças clinicas associadas, cuidados pré e pós operatórios e antibioticoterapia. Apesar disso, as complicações pós operatórias ainda são significativas. Podem ocorrer grande perda de sangue, risco de coágulos sanguíneos, problemas com anestesia, infecções pós operatórias e alterações no humor devido a retirada dos ovários e consequente alteração hormonal, e lesão de órgãos próximos, uma vez que as vias genitais e urinarias femininas estão intimamente interligadas tanto anatômica quanto fisiologicamente, lesionando estruturas como intestino, bexiga e ureter, sendo a ultima mais constante em cirurgias abdominais do que em vaginais. O mal funcionamento mictório espontâneo é comum no pós operatório pélvico ou perineal, ou apos utilização de raquianestesia ou peridural.
No conflict of interest has been declared by the author(s).
Contato:
Publication History
Article published online:
10 July 2025
© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
Thieme Revinter Publicações Ltda.
Rua do Matoso 170, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20270-135, Brazil