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DOI: 10.1055/s-0044-1797032
CARCINOMA DE CÉLULAS RENAIS CLARAS COM METÁSTASE EM VESÍCULA BILIAR: RELATO DE UM CASO
Apresentação do caso: Um paciente do sexo masculino, assintomático, 70 anos, com histórico de Carcinoma renal de células claras grau II, exame físico normal, foi submetido à colecistectomia videolaparoscópica eletiva por pólipo de 1,8 cm. US e TC demonstravam esse pólipo na vesícula. Resultado do anatomopatológico (AP) mostrou, além de colesterolose da vesícula biliar, neoplasia de células claras formando nódulo em parede de vesícula biliar, localizado na porção peritonizada. Lesão comprometia toda a espessura da parede vesicular. Solicitado, após isso, exame imunohistoquímico que elucidou e confirmou o diagnóstico do AP. Discussão: A Vesícula Biliar (VB) como sítio de metástase de um Carcinoma de células renais é extremamente raro. Destaca-se que o Carcinoma de Células Renais (CCR) por si é um tumor de uma frequência bem baixa. Em média, quase 1/3 dos pacientes têm alguma metásta-se relatada após a nefrectomia. O CCR tem como sítios metastáticos mais comuns pulmão, osso, fígado, cérebro, glândula adrenal e linfonodos. A vesícula biliar (VB) é um local raro de metástase distante de várias neoplasias. Como seus sintomas imitam doenças benignas, o diagnóstico de metástase em VB é difícil. Pelo exame de imagem, CT e RM, percebe-se que os cálculos biliares não acompanham os tumores metastáticos e que as metástases hematogênicas normalmente se desenvolvem como implantes serosais e crescem como massas pedunculadas; a forma polipoide é detectada raramente. Quando o CCR acomete a VB, os pacientes geralmente têm doença generalizada, o que acaba tornando a sobrevida fraca, uma vez que pacientes com metástase à distância apresentam um prognóstico ruim, com uma taxa de sobrevivência de 5 anos menor que 10%. Mas, acredita-se que pacientes com RCC e metástases apenas na VB se beneficiem da ressecção completa da lesão, por meio de colecistectomia laparoscópica, o que pode proporcionar uma sobrevivência a longo prazo.
Conclusão: A mestástase na vesícula biliar é rara, principalmente originada de um carcinoma de células renais. O diagnóstico pré-operatório é infrequente e sempre realizado através do exame anatomopatológico após o tratamento da Vesícula Biliar. A colecistectomia é a conduta de escolha para seu tratamento.
No conflict of interest has been declared by the author(s).
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10 July 2025
© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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