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CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-233
DOI: 10.1055/s-0044-1797046
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TEMÁRIO: TUMORES RAROS – GIST E TNE

TUMOR ESTROMAL GASTROINTESTINAL - RELATO DE CASO EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BELÉM-PA

Matheus Henrique de Souza Gomes
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Geraldo Ishak
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Wesley Alexsandro Monteiro Lopes
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Monique de Oliveira Ferreira
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Ádria Cohen de Aguiar
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Sannay Valois da Silva
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Rafael Arouche dos Reis
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
› Author Affiliations
 

    Apresentação do caso: Homem, 62 anos, caucasiano, natural de Tucuruí-PA; há cerca de um ano com perda ponderal de cerca de 10kg, astenia, palidez cutâneo--mucosa e desconforto abdominal pós-prandial, além de casos de melena associados. Em antecedentes pessoais, ex-tabagista (parou há 20 anos) e etilista social com histórico familiar de câncer gástrico (mãe) e mama (filha). Paciente em regular estado geral, consciente e orientado, hipocorado (2+/4+). Abdome plano, com massa palpável em região de epigastro e sinal de des-compressão brusca positivo. Na TC de abdômen havia tumoração gástrica, medindo 11,5x9, 5 cm. A EDA evidenciou lesão abaulada volumosa com centro ulcerado, localizada no corpo gástrico, abrangendo grande cur-vatura, sugestivo de GIST. Na análise histopatológica, evidenciou-se presença de GIST de padrão histológico fusiforme, baixo grau, com 16 cm no aumento maior. Paciente foi submetido à laparotomia exploradora e gastrectomia atípica, em cunha. Em seguida, realizou-se tratamento com imatinib na oncologia clínica. Discussão: Os GIST são os sarcomas mais comuns do trato gastrointestinal (aproximadamente 80%). A maior prevalência ocorre acima de 50 anos de idade, com pico entre 55-65 anos, sem predileção por gênero. Tais tumores podem ocorrer em todo trato gastrointestinal, sendo mais comumente encontrados no estômago (6070%). O diagnóstico dos GIST é feito baseado na análise histológica e imunohistoquímica de biópsias das lesões tumorais. A EDA é essencial para o diagnóstico clínico e diferenciação de outras neoplasias. A ressecção cirúrgica é o tratamento padrão para o GIST, e a ressecção segmentar do órgão acometido pode ser factível desde que haja margem negativa de tumor. O paciente supracitado apresenta um tumor de alto risco para margens microscópicas positivas, porém não há diferença estatisticamente significativa na taxa recorrência quando comparados a pacientes submetidos à ressecção com margens negativas. Portanto, no geral, a maioria desses pacientes não apresenta recorrência. Além disso, o uso do imatinib, uma droga de ação molecular utilizado como terapia adjuvante em pacientes com tumores de alto risco (>10 cm) otimiza ainda mais os resultados. Comentários finais: A sugestão de GIST foi feita pela endoscopia digestiva alta, e o diagnóstico foi determinado por estudo histológico e imunohistoquímico. O tratamento foi feito conforme o descrito na literatura para GIST de alto risco: ressecção cirúrgica e administração de Imatinib.


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    Contato:

    MATHEUS HENRIQUE DE SOUZA GOMES

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    Article published online:
    10 July 2025

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