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DOI: 10.1055/s-0044-1797047
TUMOR ESTROMAL GASTROINTESTINAL RETROPERITONEAL SUBMETIDO À TRATAMENTO CIRÚRGICO - RELATO DE CASO
Apresentação do caso: Masculino, 54 anos, com dor abdominal intermitente e piora progressiva conforme aumento insidioso de massa abdominal, associado à perda de 3 kg no período, constipação, tenesmo ve-sical e plenitude pós-prandial, há 4 meses. No exame abdominal apresentava abdome globoso, ocupado por massa de consistência fibroelástica, fixa e discretamente dolorosa à palpação profunda, compreendendo todo abdome desde o mesogástrio até pelve, exceto em regiões póstero-laterais de flancos, sem sinais de circulação colateral, irritação peritoneal ou ascite volumosa. USG abdominal: volumoso crescimento tumoral abdominal de formato ovalado, com cerca de 22×21×14 cm, bem delimitado, situada em posição mediana, com centro em região mesogástrica, aspecto sólido/cístico. 19/04/2017 submetido à laparotomia para ressecção de tumor retroperitoneal (9, 2kg), sigmoidectomia e en-terectomia primária (à 40cm do Âgulo de Treitz). Ana-tomopatológico: tumor estromal gastrointestinal. Pós-operatório sem intercorrências iniciou adjuvância com Imatinib. Discussão: O tumor estromal gastrointestinal (GIST) representa 0,1 a 3% de todas as neoplasias intestinais, com comportamento incerto desde benigno a altamente agressivos, frequentemente diagnosticados por exame de imagem ou endoscópico1. Apesar da baixa incidência, representam 80% dos sarcomas gastro-tintestinais, podendo ocorrer em todo trato gastrointestinal, com os sítios mais prevalentes: estômago (39 a 60%), intestino delgado (30-42%) e esôfago (5%)2,3. De forma incomum são localizados no cólon, reto, apêndice, mesentério e retroperitôneo 2,3. Este trabalho torna-se relevante por ilustrar caso com sítio incomum. Ao exame clínico normalmente os pacientes são assin-tomáticos, podendo estar associado dor abdominal inespecífica. Por sua baixa prevalência, inespecificida-de na apresentação clínica, laboratorial e de imagem, é necessário o exame anatomopatológico e imunohis-toquímico (c-KIT, CD34 e proteína S100) para confirmação diagnóstica5. Ressecção cirúrgica é a modalidade terapêutica para tumores localizados, podendo associar a quimioterapia adjuvante em alguns casos6, 4. Comentários finais: Os GISTs são neoplasias que ainda representam um desafio ao cirurgião devido à relativa raridade, diversidade de localização e heterogeneidade desta patologia sendo a individualização é necessária em cada caso. Não há protocolos estabelecendo a cirurgia de escolha ou indicação de tratamento adjuvante dificultando a padronização terapêutica.
No conflict of interest has been declared by the author(s).
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Article published online:
10 July 2025
© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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