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DOI: 10.1055/s-0044-1797055
TUMOR ENDOBRÔNQUICO COM OCLUSÃO SUBTOTAL - RELATO DE CASO
Apresentação do caso: Paciente sexo feminino, 21 anos, com dispnéia leve e cornagem. apresentando com quadros recorrentes de insuficiência respiratória, sendo tratada clinicamente como pneumonia e bron-quite. Realizou broncoscopia que evidenciou lesão polipóide com oclusão total do brônquio fonte direito e oclusão de 90% do brônquio fonte esquerdo, com biópsia inconclusiva. Durante internação hospitalar, após nova broncoscopia, paciente evoluiu com insuficiência respiratória aguda, com queda da saturação e bradicardia. Realizada broncoscopia rígida, com ressec-ção tumoral do brônquio fonte esquerdo e tunelização da lesão do brônquio fonte direito. No 1°PO paciente encontrava-se eupnéica em ar ambiente e com rx de tórax evidenciando boa expansão pulmonar. Após 7 dias, submetida toracotomia direita broncotomia, res-secção de lesão residual em brônquio fonte direito e broncorrafia. Após 20 dias realizado broncoscopia de controle sem evidencias de lesão residual, presença de fibrina em brônquio fonte direito e integridade da linha de sutura. Estudo histopatológico evidenciou neoplasia de pequenas células e imunohistoquímica tumor neu-roendócrino grau I, sem indicação de quimioterapia e radioterapia. Paciente realizando seguimento ambula-torial com broncoscopias seriadas, sem evidencia de lesão até o momento. Discussão: O comprometimento pulmonar no tumor neuroendócrino é observado em até 5% dos tumores primários do pulmão. Apresentam velocidade de crescimento e comportamento variáveis, desde totalmente benigno, sem infiltrações locais ou disseminação metastática, a extremamente agressivo e com uma curta sobrevida. O diagnóstico dos carcinói-des brônquicos pode ser obtido por uma combinação de estudos radiológicos e broncoscópicos. Os sinais e sintomas clínicos geralmente observados são decorrentes do crescimento e da localização do tumor no pulmão. O tratamento de escolha é a ressecção cirúrgica. A ressecção endoscópica é indicada como tratamento paliativo para doentes com sintomas e sinais de obstrução brônquica importante. Conclusão: O prognóstico dos pacientes portadores de carcinóides pulmonares está relacionado com o subtipo histológico e o comprometimento do sistema linfático. Os carcinóides típicos grau 1 com classificação T 1-2, N0 e M0 estão associados a sobrevida de 5 anos em 94% dos casos, e em 25 anos em 66%. Quando o diagnóstico é precoce e a terapêutica cirúrgica agressiva, o prognóstico a longo prazo é muito bom.
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10 July 2025
© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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