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DOI: 10.1055/s-0044-1797069
ADENOCARCINOMA DE COLO UTERINO EM ESTADIO INICIAL ASSOCIADO A CARCINOMA NEUROENDOCRINO EVOLUINDO COM RECIDIVA SISTÊMICA - RELATO DE CASO
Apresentação do caso: J.S.A., feminino, 38 anos, com lesão do colo uterino. Anátomo-patológico(AP) por col-poscopia(DEZ/14): neoplasia maligna de alto grau com diferenciação rosetóide. AP por histeroscopia(JAN/15): adenocarcinoma endocervical e células rosetóides sugestivas de diferenciação neuroendócrina. Imunoisto-química(IHQ): adenocarcinoma com componente de diferenciação neuroendócrina. Em FEV/15 foi realizada a histerectomia total ampliada com linfadenectomia pélvica bilateral e preservação do anexo direito. AP: adenocarcinoma endocervical de colo uterino, grau 2, invasivo, com 7 mm de extensão e 5 mm de infiltração pT1a2pN0M0, FIGO IA2. Sem indicação de terapia adjuvante. Iniciada proservação trimestral. Em DEZ/16, foi detectada em tomografia computadorizada imagem nodular na região anterior da pelve, medindo 4,6×2,7 cm, de natureza indeterminada. Submetida a laparotomia: tumor em anexo direito com implante em omento. AP: carcinoma pouco diferenciado infiltrativo em tecido ovariano e omento. IHQ: carcinoma neuroendócrino de pequenas células de alto grau. RM de crânio e PET-CT de reestadiamento demonstraram múltiplos nódulos pulmonares bilaterais inespecíficos; linfonodos cervicais submandibular direito, nível II bilateral e nível III esquerdo; fígado com área focal no segmento II; focos na cicatriz da laparotomia; compatíveis com doença. A paciente foi reestadiada com T1aN0M1. Iniciada quimioterapia com cisplatina e etoposídeo (4 ciclos), com término em maio de 2017. Após tratamento, realizou exames de reestadiamento que não evidenciaram doença, sugerindo resposta completa, inclusive dos nódulos pulmonares. Discussão: O adenocarcinoma representa cerca de 20% dos casos das neoplasias de colo uterino, ao passo que o carcinoma neuroendócrino, entidade incomum e agressiva, representa apenas 2%. A coexistência destes dois tumores é extremamente rara. A Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia preconiza como primeiro tratamento para estádios clínicos iniciais do adenocarcinoma do colo uterino, a cirugia exclusiva. Dada a infrequência da associação destas duas neoplasias, não há estudos que estabeleçam protocolo específico para seu manejo. Assim sendo, o tratamento quimioterápico é baseado no carcinoma pulmonar de pequenas células devido às suas semelhanças histológicas. Conclusão: Cabe salientar que mesmo em lesões neoplásicas iniciais, a evolução pode ser desfavorável, principalmente quando há associação com carcinoma neuroendócrino, por ser este de pior prognóstico.
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10 July 2025
© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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