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CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-233
DOI: 10.1055/s-0044-1797075
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TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA

ANGIOSSARCOMA CUTÂNEO ASSOCIADO A LINFEDEMA CRÔNICO – RELATO DE CASO

Isabelle França Bezerra
1   UNIVERSIDADE POTIGUAR
,
Francielly Tertulino Cunha
1   UNIVERSIDADE POTIGUAR
,
Mara Juliane Silva Jovino
1   UNIVERSIDADE POTIGUAR
,
Luciana Emerenciano Silveira
1   UNIVERSIDADE POTIGUAR
,
Crislanny Regina Santos da Silva
1   UNIVERSIDADE POTIGUAR
,
Isa Maryanna Araújo Bezerra de Macedo
1   UNIVERSIDADE POTIGUAR
,
George Alexandre Lira
1   UNIVERSIDADE POTIGUAR
,
Luiz Claúdio Jammal Fernandes
1   UNIVERSIDADE POTIGUAR
› Author Affiliations
 

    Apresentação do caso: JSN, 55 anos, diabético. Procurou o serviço de Cirurgia Oncológica apresentando lesão tumoral vegetante, úlcero-necrótica, purulenta, indolor e com linfedema em membro superior esquerdo (MSE). Tomografia Computadorizada (TC) de MSE evidenciou volumosa lesão expansiva vegetante envolvendo terço médio do MSE, medindo 10 cm, acometendo o plano cutâneo e com pequeno componente que se estende aos planos subcutâneos e musculares. No estadiamento não foi evidenciado lesões à distância. Foi submetido a amputação do MSE com biópsia evidenciando neoplasia maligna de células fusiformes e epite-lioides, com infiltração de derme, epiderme e hipoderme e partes moles profundas presentes, sem infiltração óssea, porém margem de ressecção de partes moles próxima. A Imuno-histoquímica revelou angiossarcoma de células epitelioides e fusiformes grau III. Após 3 meses de cirurgia, apresenta lesões nodulares infiltrativas e sangrantes em coto cirúrgico, sendo submetido a desarticulação de clavícula e escápula com esvaziamento e retalho. Teve boa evolução no pós-operatório e alta hospitalar para seguimento clínico. Discussão: O angiossarcoma cutâneo é um tumor raro, agressivo, de origem vascular. Representa menos de 2% dos sarcomas de partes moles e afeta preferencialmente cabeça e pescoço de homens idosos. Dependendo da extensão da doença, a ressecação cirúrgica com margens livres é o tratamento idealizado. Os angiossarcomas associados a linfedema crônico se apresentam como nódulos violáceos coalescentes ou placas endurecidas, tendo como plano de fundo vigoroso edema, sem cacifo. Mais de 90 % surgem após mastectomia e linfedenectomia. A excisão cirúrgica com margens amplas é indicada. O prognóstico é reservado com alta taxa de recorrência local, 84 % em 5 anos, e tendência a disseminação sistêmica. O paciente não tinha história de câncer mamário, mas apresentava lesões características e mesmo com o tratamento de escolha teve recidiva local após 3 meses. Conclusão: A forma agressiva e recidiva precoce do tumor, saindo da evolução tradicional, denotam a raridade e mau prognóstico do caso. Dessa forma, o seguimento clínico e a avaliação seriada são fundamentais para detecção precoce de recidivas e metástases e para maior sobrevida.


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    ISABELLE FRANÇA BEZERRA

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    Article published online:
    10 July 2025

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