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CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-233
DOI: 10.1055/s-0044-1797097
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TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO

ESOFAGECTOMIA TRANS-HIATAL EM ADENOCARCINOMA DE ESÔFAGO – RELATO DE CASO

Isack Bruno Neves Marques
,
Luana Vital Koike
,
Biazi Ricieri Assis
,
Bruno José Martini Santos
 

    Apresentação do caso: S.C.A.M., feminina, 33 anos, natural de Jacupiranga – SP e residente em Volta Redonda – RJ. Veio ao pronto socorro em junho de 2016 com queixa de dificuldade para deglutir. Relata que em abril do ano citado começou a sentir dores durante a alimentação que associou ser faringite, entretanto a dificuldade e a dor persistiram e começaram a ficar freqüente também com alimentos menos sólidos. Associado a estes sintomas relatou perda de peso acentuada. Foi então solicitado endoscopia digestiva alta com biópsia que evidenciou adenocarcinoma pouco diferenciado, presença de células em anel de sinete e esôfago de barrett. No dia 20/01/2017 foi submetida a esofagectomia total transhiatal com anastomose cervical e internada em unidade de terapia intensiva, onde ficou até o dia 24 de janeiro. Teve alta no dia 28 do mesmo mês. No dia 05/06/2017 retornou ao pronto socorro apresentando ascite e com hipótese de recidiva peritoneal. Encaminhada para o serviço de oncologia clínica e cuidados paliativos. Discussão: As vias de acesso descritas para a realização da esofagectomia podem ser agrupadas em duas categorias: via transtorácica e via trans-hiatal, esta última amplamente difundida por Orringer e Pinotti. Orringer preconiza o isolamento do esôfago por meio de dissecação romba e às cegas. Pinotti propõe o acesso ao esôfago torácico através da transecção mediana do diafragma que permite a dissecação do esôfago sob visão direta, principalmente sua porção médio-distal. Esta abordagem torna a técnica da esofagectomia trans-hiatal mais segura e refinada. No entanto, é necessário completar o isolamento do esôfago proximal com dissecação romba por via cervical e por via abdômino-mediastinal, acrescentando morbidade ao procedimento, principalmente lesão pleural e sangramento mais intenso. No estudo realizado no INCA a morbimortalidade operatória não apresentou diferença em relação à via de acesso para a esofagectomia, apesar do maior tempo cirúrgico e de internação hospitalar na via transtorácica. A sobrevida global em cinco anos foi maior no grupo operado por via transtorácica, possivelmente devido ao melhor estadiamento linfonodal, sendo a nossa via de preferência. Comentários finais: O câncer de esôfago é considerado como a terceira neoplasia mais comum do trato gastrintestinal. Assim como ocorre com os outros tumores, o diagnóstico precoce e a conduta terapêutica adequada constituem parte fundamental do sucesso terapêutico.


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    ISACK BRUNO NEVES MARQUES

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    Article published online:
    10 July 2025

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