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CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-233
DOI: 10.1055/s-0044-1797139
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TEMÁRIO: ONCOMASTOLOGIA

CÂNCER DE MAMA BILATERAL EM HOMEM - SEGUIMENTO DE 10 ANOS -RELATO DE CASO

Juliano Rodrigues da Cunha
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
,
Lara Jeanne Cabral
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
,
Amanda Souza Teles
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
,
Cristiano Menezes Fernandes
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
,
Deborah Nogueira Couto
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
,
Gisela Matos Franco
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
,
Miguel Jefferson Lacerda Ferreira
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
› Author Affiliations
 

    Apresentação do caso: Trata-se de um relato de caso de paciente do sexo masculino, atendido no Setor de Oncologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia - HC - UFU pela primeira vez em 10/01/2007, à época com 63 anos, história de nódulo endurecido entre quadrantes superiores da mama esquerda há 2 anos, de crescimento lento e progressivo. Realizado biópsia incisional em dezembro/2006, positiva para carcinoma ductal infiltrante, lesão clínica e radiológica de 2cm. Procedido à mastectomia radical modificada à Madden com esvaziamento axilar em novembro/2006, com anátomo patológico apresentando carcinoma ductal infiltrante, medindo 1,8cm, margens livres e acometimento metastático de 1 linfonodo - pT-1cpN1bM0, imunohistoquímica apresentando RE -, RP 3+, HER-2 negativo. Prosseguiu-se a quimioterapia adjuvante esquema FAC (6 ciclos), complementado com radioterapia. Usou tamoxifeno adjuvante por 05 anos até agosto/2012. Manteve seguimento até novembro/2015 quando apresentou nódulo em mama direita, com core biopsy em março/2016 revelando carcinoma ductal infiltrante. Submetido a mastectomia simples à direita e pesquisa de linfonodo sentinela em 05/09/2016, anátomo patológico carcinoma ductal infiltrante, medindo 2,3cm, margens livres - pT2pN0. Imuno apresentando RE 4+, RP 4+, HER-2 negativo. Reiniciou tamoxifeno em novembro/2016, recebeu radioterapia adjuvante. Mantém seguimento em nosso serviço sem evidências de doença locorregional até o momento. O câncer de mama masculino é uma condição rara e corresponde a menos de 1% de todas as neoplasias em homens, com incidência em torno de 1 para cada 100.000. O conhecimento dessa patologia baseia-se em poucos estudos com pequeno número de pacientes devido a sua raridade, sendo que fatores prognósticos e tratamento são extrapolados dos estudos sobre o câncer de mama feminino. Mais de 90% dos cânceres de mama masculino são carcinoma ductal invasivo, sendo a grande maioria receptores hormonais positivos. Geralmente são tumores diagnosticados em estádios mais avançados que os tumores de mama femininos. A recorrência contralateral nestes pacientes é ainda mais rara e provavelmente deste estar associada à alguma mutação genética. O tratamento baseia-se em cirurgia, cada vez mais conservadoras, como mastectomia simples e pesquisa de linfonodo sentinela. Já o tratamento sistêmico inclui quimioterapia citotóxica, radioterapia em tumores com maior chance de recorrência local e hormonioterapia com tamoxifeno.


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    Contato:

    JULIANO RODRIGUES DA CUNHA

    Publication History

    Article published online:
    10 July 2025

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