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DOI: 10.1055/s-0044-1797146
SARCOMA GIGANTE DE GLÚTEO
Apresentação do caso: Paciente J. R. P. G, feminina, 51 anos, natural de Barra do Pirai – RJ e residente de Volta Redonda – RJ, com história de massa na nádega esquerda com 8 meses de evolução. Queixa de desconforto devido ao tamanho da massa. Ao exame: massa indolor, de consistência firme ocupando quase a totalidade da nádega esquerda. Tomografia computadorizada da pelve mostrou volumosa lesão expansiva com densidade de partes moles e realce heterogêneo medindo cerca de 18, 6 × 12,3 cm nos maiores eixos, acometendo planos musculares do glúteo máximo e gordura subcutânea lateral e posterior do quadril esquerdo. A paciente foi então submetida a tratamento cirúrgico no dia 14/01/2017, com ressecção da massa em bloco pesando 2,92 kg, com margem reduzida, englobando o músculo glúteo máximo esquerdo. Os vasos glúteos inferiores e o nervo isquiático foram preservados, houve cobertura adequada após a retirada da lesão. A paciente apresentou boa evolução, sem intercorrências no pós-operatório imediato ou tardio. O diagnóstico histológico da massa foi sarcoma de baixo grau, confirmado pela imuno-histoquímica. Discussão: Os Sarcomas de partes moles correspondem a 1% das neoplasias malignas do adulto, sendo a maior parte deles originários do mesoderma. Esses tumores não necessariamente produzem sintomas, visto que podem ser encobertos pelo tecido adiposo e assim detectados mais tardiamente. A abordagem inicial, sempre que possível, é a ressecção completa do tumor com margens adequadas. A sobre-vida dos pacientes varia entre 25 a 40% em cinco anos, a recidiva local ocorre em aproximadamente 33% dos pacientes. Não é esclarecido se a recidiva local contribui para a doença metastática à distância e se diminui a sobrevida, embora os pacientes com recidiva local possuam uma taxa de sobrevida global pior que os pacientes que mantêm um controle local da doença.Conclusão: A abordagem cirúrgica é reconhecida como primeira modalidade de tratamento dos sarcomas de nádega, especialmente quando se é possível ressecar o tumor com margens adequadas. Os sarcomas de partes moles, embora pouco frequentes, existem e são de bom prognóstico quando identificados e tratados adequada e precocemente.
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10 July 2025
© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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