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CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-233
DOI: 10.1055/s-0044-1797150
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TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA

CIRURGIÃS ONCOLÓGICAS FORMADAS EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA DO BRASIL: UM OLHAR DE REDE SOCIAL

Cibele Barbosa
1   INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA
,
Carolina Ziller
1   INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA
,
Marcia Gomide
1   INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA
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    Introdução: Nas últimas décadas tem se tornado cada vez mais frequente a presença de mulheres em especialidades cirúrgicas. A escolha da carreira cirúrgica não depende de gênero, uma vez que a motivação inicial para cirurgia – para ambos os sexos, parece estar relacionada ao desafio técnico e intelectual, aos brilhantes exemplos profissionais – predominantemente masculinos – ou ao simples fato de se possuir personalidade para tal (MCLEMORE, RAMAMOORTHY, et al., 2012). Historicamente, a cirurgia é percebida como carreira determinante de qualidade de vida ruim e ritmo de trabalho sacrificante, bem como abdicação de tempo disponível para família e lazer. Estes últimos motivos podem ser desencorajadores, especialmente quando a expectativa, pessoal e social, quanto ao papel feminino, está relacionada ao cuidado com família (HEBBARD e WIRTZFELD, 2009). Objetivo: Descrever a rede social das cirurgiãs oncológicas formadas em uma instituição de referência. Método: O estudo é transversal, observacional. A amostra é formada por conveniência, com cirurgiãs formadas nos últimos 40 anos em uma instituição de referência do Brasil. Para captação foi utilizada a técnica de bola de neve. Análise de Redes Sociais (ARS) consiste em uma abordagem teórico-metodológica utilizada para estudo das interações entre indivíduos que formam uma rede social. Para análise foi utilizado o programa Gephi v0.9.1. Resultados: Entre os anos de 1977 e 2017 foram formados 324 residentes de Cancerologia Cirúrgica, dos quais 21% (n=69) eram do sexo feminino. Embora o número de cirurgiãs oncológicas formadas tenha aumentado ao longo do tempo, nos últimos 20 anos este quantitativo se manteve relativamente estável. Com as informações conseguidas através da técnica de bola de neve foram identificadas 67 cirurgiãs, duas a menos do que as encontradas pelos registros institucionais. A densidade da rede foi de 0,43, sendo identificada centralidade de intermediação dos nós de Ginecologia Oncológica. Conclusão: A presença de mulheres na Cancerologia Cirúrgica não é mais um evento raro. No sociograma desenhado, a centralidade de intermediação corresponde às cirurgiãs especializadas em Ginecologia Oncológica formadas entre 1977 e 1997, relacionando-se ao fato de terem atuado na formação das demais. Apesar de a Cancerologia Cirúrgica ser um campo ainda em transformação e construção para o sexo feminino, o número constante de cirurgiãs oncológicas graduadas nos últimos 20 anos demonstra um espaço conquistado.


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    CIBELE DE AQUINO BARBOSA

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    Article published online:
    10 July 2025

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