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DOI: 10.1055/s-0044-1797153
MELANOMA INTRAOCULAR - RELATO DE CASO
Apresentação do caso: Paciente JPS, 72 anos, sexo masculino, foi diagnosticado em 2009 com melanoma intraocular (CID C69). Apresentava como queixa na época baixa acuidade visual em olho direito, além de dor há cerca de 1 ano. Como diagnóstico e tratamento, foi realizada a ressecção do globo ocular direito, o qual media 2,5cmX2,5cmX1,8cm, com córnea de 11mm e nervo óptico de 6mm. Havia, na macroscopia, um descolamento da retina com preenchimento de material de cor acastanhada, ao lado de tumoração que media 1×0,8cm, de cor enegrecida. Em microscopia, constatou-se células ovoides, raramente fusiformes, com atipias nucleares, nucléolos proeminentes e citoplasmas intensamente pigmentados por melanina, sendo que havia macrófagos fagocitando esse pigmento. Desde outubro de 2011, o paciente encontra-se em bom estado geral, sendo acompanhado pela equipe oncológica. No entanto, ao decorrer dos anos, foi necessária a realização de uma cirurgia de catarata em olho esquerdo e foi diagnosticado litíase renal em 2014, labirintite no mesmo ano e em 2016 foi constatada neoplasia de próstata de baixo risco, com Gleason 6 (3 + 3), sendo o pico de PSA total alcançado nos exames solicitados durante esses anos 8, 14 ng/ml em 2017. Discussão: Melanomas oculares correspondem a 5% de todos os melanomas, sendo 85% deles originados no trato uveal. São mais comuns em homens, da raça branca, entre 5070 anos de idade. A exposição a luz solar é considerada a principal causa do melanoma e a visão borrada é a queixa mais frequente na primeira consulta. 5% desses tumores oculares elevam a pressão intraocular (PIO) através do bloqueio trabecular ou do ângulo fechado secundário. Em relação ao tratamento, a enucleação é ainda considerada um método clássico e eficaz para o tratamento desse tipo de tumor. Conclusão: Apesar de raro, o melanoma intraocular é considerado um tumor agressivo e com taxas elevadas de metástase e de mortalidade. É necessário realizar um acompanhamento periódico e um exame oftalmológico minucioso para ser possível detectar precocemente alterações clínicas que sugerem transformação maligna. A cirurgia através da excisão é imprescindível ao evitar a doença residual e reduzir recidiva e metástase.
No conflict of interest has been declared by the author(s).
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10 July 2025
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