Open Access
CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-233
DOI: 10.1055/s-0044-1797160
POSTER DIGITAL
TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL

CIRURGIA ROBÓTICA PARA CÂNCER DE RETO: EXPERIÊNCIA DE 61 CASOS CONSECUTIVOS

Raquel de Maria Maués Sacramento
1   INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA
,
Marcus Vinicius Motta Valadão da Silva
1   INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA
,
Eduardo Linhares Riello de Mello
1   INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA
,
Jose Paulo Jose
1   INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA
,
Rafael Oliveira Albagli
1   INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA
,
Jensen Milfont Fong
1   INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA
,
Ronald Enrique Delgado Bocanegra
1   INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA
,
Camilla Bandeira Soares
1   INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA
› Author Affiliations
 

    Introdução: A cirurgia colorretal apresenta inúmeros desafios técnicos, entre estes estão a inacessibilidade relativa do reto dentro dos confins da pelve óssea, dificuldade em conseguir retração adequada e visualização sub ótima. Objetivo: Analisar os resultados cirúrgicos de pacientes submetidos à ressecção de reto robótica em Instituto de referência para Câncer no Brasil. Método: Tratou-se de um estudo retrospectivo, observacional em pacientes submetidos a cirurgia robótica para adenocarcinoma retal de agosto de 2012 a agosto de 2016, sendo analisados 61 pacientes. Resultados: A idade mediana dos 61 pacientes deste estudo foi de 61 anos (intervalo, 28-77), com prevalência de pacientes do sexo masculino (57, 3%), com índice de massa corporal mediano de 24 (18 – 41). A mediana da distancia da lesão a margem anal foi de 5 cm (intervalo, 0-12), observando-se em 55, 7% os tumores com localização em reto baixo. Os procedimentos cirúrgicos incluíram 33 ressecção anterior do reto com a anastomose cólo--retal (54%), 5 ressecção anterior do reto a hartman (8, 1%), 14 ressecções abdomino-perineais do reto (22,9%), 1 exenteração pélvica total (1,6%) e 2 exenterações pélvicas posterior (3,2%). Quatro pacientes (6, 5%) tiveram tumores no estágio 0,10 (16, 3%) tiveram tumores do estágio I, 26 (42,6%) apresentaram tumores no estádio II, 19 (31,1%) apresentaram tumores no estádio III e o estádio IV em 2 (3,2%) dos pacientes. Quanto ao grau da excisão do mesoreto observou-se excisão satisfatória graus 2 e 3, em 44,2% e 36% dos pacientes, respectivamente. Em relação à mortalidade pós operatória em 30 dias, foi identificado somente 1 caso (1,6%). A recorrência de doença a distância foi observada em 15 (24,5%) dos pacientes, já a recorrência local foi visualizada em apenas 3 (4,9%). Conclusão: A abordagem do câncer de reto utilizando-se o sistema robótico oferece taxas de complicação e resultados oncológicos satisfatórios, uma vez que apresenta a vantagem de facilitar a dissecção na pelve estreita, principalmente em homens e pacientes obesos e nos casos de tumores volumosos permitindo que realize com segurança e destreza procedimentos de preservação de esfíncteres em um grande número de pacientes.


    No conflict of interest has been declared by the author(s).

    Contato:

    RAQUEL DE MARIA MAUÉS SACRAMENTO

    Publication History

    Article published online:
    10 July 2025

    © 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.

    Thieme Revinter Publicações Ltda.
    Rua do Matoso 170, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20270-135, Brazil