EVOLUÇÃO DESFAVORÁVEL DE UM LINFOMA NÃO HODGKIN DIFUSO DE GRANDES CÉLULAS B COM COMPLICAÇÃO DE FISTULA VASCULAR MEDIASTINAL

Apresentação do caso: Paciente masculino, 22 anos, história de tosse intensa há 45 dias e perda ponderal de 16kg.Exame físico:abdome doloroso à palpação, esplenomegalia de 14cm.Tomografia (TC) de tórax:linfonodomegalias, esparsas pelo mediastino, hilos pulmonares, regiões infraclaviculares e paraesofageanas com formação de massa mediastinal de 9×6cm subcarinal. Tais lesões envolviam a traqueia distal, carina e brônquios determinando redução luminal parcial do brônquio principal direito. Na TC de abdome:formação expansiva heterogênea retroperitoneal imprecisa.Biópsia de massa e linfonodos abdominais resultou em linfoma B inclassificável.Medula óssea livre de infiltração.Realizou tratamento quimioterápico com esquema R-CHOP (6 ciclos).Avaliação do interim mostrou resposta parcial. Após término da quimioterapia, enquanto aguardava PET-CT para avaliação de resposta, evoluiu com vômitos refratários a terapia oral, associado à tosse.TC de tórax: formações expansivas no mediastino, compatível com linfonodos liquefeitos, pneumonia aspirativa, espessamento parietal do esôfago no terço médio distal, próximo à carina e brônquio fonte esquerdo.Paciente ficou internado em tratamento de pneumonia aspirativa, evoluiu com melhora do quadro clínico.PET-CT:áreas de hipercaptação em linfonodos mediastinais, formando conglomerados, envolvendo brônquios e esôfago, com conteúdo gasoso no interior da massa, podendo estar associado à fissura esôfago-nodal. Realizado 2^a linha de quimioterapia de resgate com DHAP e após 10 dias evoluiu com um quadro de piora do padrão respiratório e vômica, TC de tórax:mediastino repleto por conteúdo gasoso fistula brônquio-mediastinal/esôfago-mediastinal). Internado na UTI para compensação clínica e nutrição parenteral.Em melhora do estado geral e estável, apresentou tosse súbita seguida de sangramento, em grande quantidade por via oral, incontrolável evoluindo de forma quase imediata para PCR refratária decorrente de fistula do tronco pulmonar para o sistema aerodigestório. Discussão: A evolução deste tipo de linfoma após introdução de tratamento com quimioterapia é geralmente favorável, porém o caso apresentado apesar do tratamento houve resposta da doença de base, porém a complicação decorrente do tratamento foi insuportável pra o paciente. Comentários finais: O tratamento deste tipo de linfoma apesar de ser de bom prognóstico deve ser acompanhado com atenção máxima, pois o tratamento da patologia de maneira eficiente não exime riscos decorrentes do tratamento

 

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Article published online:
10 July 2025