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DOI: 10.1055/s-0044-1797191
TUMOR NEUROENDÓCRINO GÁSTRICO
Apresentação do caso: FMDL, masculino, 63 anos, hipertenso, ex-tabagista e etilista. Procurou o serviço de Cirurgia Oncológica queixando-se de dor epigástricas, e fraqueza muscular há 6 meses. A Endoscopia Digestiva Alta (EDA) mostrou 9 lesões em pequena curvatura, diagnosticado por biopsia e imunohistoquímica (IHQ) em neoplasia gastrointestinal com componentes mistos exócrinos e neuroendócrinos de alto grau e alto índice de mitose. Tomografia Computadorizada (TC) de abdome mostrou lesão de estômago invadindo fígado, linfonodos pancreáticos, esplênicos e hepático. Realizou-se neoadjuvância com quimioterapia – clisplatina com etopozide, suspenso no quarto ciclo devido toxicidade. Novos exames foram realizados para avaliar resposta à QT, demonstrando espessamento parietal no corpo gástrico, com importante restrição à difusão, compatível com histórico, além de massas linfonodais perigástricas. Optou-se por tratamento cirúrgico – Gastrectomia a D2 com esplenectomia, pancreatectomia corpo-caudal, linfadenectomia retroperitoenal, e reconstrução em Y de Roux. O estudo anatomopatológico da peça operatória mostrou adenocarcinoma pouco diferenciado, com invasão angiolinfática e perineural, margens de ressecção comprometidas, extensão para fígado e pâncreas e 21 linfonodos positivos dos 27 ressecados. Acredita-se que o tratamento com QT eliminou o tumor neuroendócrino, mantendo a exócrina. Aguarda IHQ para fechamento do diagnóstico patológico. Discussão: Os carcinomas adenoneuroendócrinos mistos (MANECs) são tumores com um componente exócrino e um endócrino, causando mal-entendido entre os patologistas. O diagnostico é melhor feito por imunocoloracão, que evidencia componentes neuroendócrinos e não neuroendócrinos, apresenta sintomas vagos, causando diagnostico tardio, com presença de implantes secundários. É muito raro, com 40 casos descritos na literatura, havendo pouco estudo sobre tratamento. Sabe-se que possui prognostico reservado, principalmente se diagnosticado tardiamente. A literatura defende que esses tumores devem ser tratados de formas distintas para cada componente, como foi feito com o paciente do caso relatado. Apresentam sobrevida media de menos de 12 meses, pela malignidade. Comentários finais: Evidencia-se caso raro, comportamento maligno e heterogêneo, além de tratamento controverso justamente pela falta de casos relatados e estudos na literatura, embora geralmente se necessite de condutas cirúrgicas radicais multiviscerais na tentativa de cura.
No conflict of interest has been declared by the author(s).
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10 July 2025
© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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