Open Access
CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-233
DOI: 10.1055/s-0044-1797227
VÍDEO
TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA

DEBULKING LINFONODO PÉLVICO E LINFADENECTOMIA RETROPERITONEAL EM CÂNCER DE COLO UTERINO LOCALMENTE AVANÇADO

Mileide Maria de Assunção Sousa
1   HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS
,
Ricardo dos Reis
1   HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS
,
Marcelo de Andrade Vieira
1   HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS
,
Geórgia Fontes Cintra
1   HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS
,
Guilherme Spagna Accorsi
1   HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS
,
Carlos Eduardo Matos da Cunha Andrade
1   HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS
› Author Affiliations
 

    As pacientes com câncer de colo uterino que apresentam linfonodos pélvicos suspeitos nos exames de imagem apresentam uma chance de aproximadamente 30% de acometimento neoplásico de linfonodos paraórticos. Desta forma, a realização da linfadenectomia paraórtica e, se necessário, debulking de linfonodos pélvicos suspeitos (maiores que 2cm) é um procedimento cirúrgico que pode beneficiar as pacientes nesses casos. Caso os linfonodos paraórticos venham comprometidos por neoplasia, o campo de radioterapia deverá ser estendido. Este vídeo demonstra o caso de uma paciente de 25 anos, com câncer de colo uterino localmente avançado, com linfonodo bulky de aproximadamente 5 cm em fossa obturadora a esquerda. A paciente foi submetida a linfadenectomia retroperitoneal via transperitoneal estadiadora e debulking de linfonodo ilíaco obturador a esquerda via laparoscopia, realizado em um Hospital Oncológico de referência no Brasil. Houve lesão térmica parcial do nervo obturador esquerdo durante a disseção. Sendo demonstrado a técnica de sutura do nervo. O vídeo se propõe a ilustrar a técnica cirúrgica e as etapas a serem seguidas para realização dos procedimentos acima citados, assim como o manejo de possíveis complicações. Podemos concluir que a linfadenectomia paraórtica pode ser realizada através de via laparoscópica com bons resultados cirúrgicos e ótima recuperação pós operatória, possibilitando que a paciente possa iniciar tratamento com radioterapia poucos dias após o procedimento. A realização do debulking de linfonodos maiores que 4-5cm é questionável, pois o risco de ruptura da cápsula tumoral e lesões de estruturas nobres se torna alto, no entanto é controverso a eficácia da radioterapia para tratar esses linfonodos. Mais estudos devem ser realizados para definir a conduta mais adequada nestes casos.


    No conflict of interest has been declared by the author(s).

    Contato:

    MILEIDE MARIA DE ASSUNÇÃO SOUSA

    Publication History

    Article published online:
    10 July 2025

    © 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.

    Thieme Revinter Publicações Ltda.
    Rua do Matoso 170, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20270-135, Brazil