SEGMENTECTOMIA LATERAL ESQUERDA

Apresentação do caso: Paciente masculino, 61 anos, previamente hígido, portador de neoplasia colorretal descoberta em junho de 2016, sendo submetido a retosigmoidectomia por vídeolaparoscopia. No diagnóstico eram conhecidas metástases hepáticas no segmento II e III, optou-se por abordagem em um segundo tempo. Realizada adjuvância com FOLFIRI + cetuximabe. Em janeiro de 2017 foi indicada a ressecção das lesões hepáticas por laparoscopia, foi submetido a segmentectomia lateral esquerda por vídeo sem intercorrências. Teve alta no segundo pós operatório sem intercorrências. O anatomopatológico demonstrou se tratar de metástase de adenocarcinoma de cólon com limites cirúrgicos livres. Realizada adjuvância com FOLFOX. Atualmente encontra-se em follow up há 5 meses sem evidências de recidiva neoplásica Desde o início desse século, a ressecção de lesões hepáticas por via laparoscópica tem vencido as resistências iniciais e ganho terreno no arsenal cirúrgico. O corpo de evidência produzido, desde então, tem demonstrado sua eficácia, factibilidade e segurança, além de propor uma série de vantagens em relação à técnica laparotômica/convencional, especialmente, no controle de sangramento, nas complicações perioperatórias e no tempo de permanência hospitalar. Tais desfechos favoráveis parecem ser mais claros nas ressecções de lesões localizadas nos segmentos II e III do fígado. A abordagem cirúrgica das lesões hepáticas de origem colorretal é a única opção terapêutica de proposta curativa. Neste contexto, a técnica laparoscópica veio sendo desenvolvida com o objetivo de reduzir a morbidade cirúrgica e tem-se verificado cada vez mais vantagens em relação ao trauma cirúrgico, taxa de complicações e tempo de internação, associados com desfechos oncológicos favoráveis.

 

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Article published online:
10 July 2025