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DOI: 10.1055/s-0044-1797245
CONCENTRAÇÕES PLASMÁTICAS DE VITAMINA A ANTES E APÓS TRATAMENTO RADIOTERAPICO DO CÂNCER DE MAMA E SUA RELAÇÃO COM A TOXICIDADE AGUDA DO MÉTODO
Introdução: As radiações ionizantes induzem a morte celular através da geração de radicais livres que causam danos ao DNA e proteínas celulares. Vários efeitos adversos da radioterapia têm sido associados ao processo de aumento do estresse oxidativo do organismo. A vitamina A é um importante antioxidante. Objetivo: Avaliar os níveis plasmáticos de vitamina A em pacientes com câncer de mama submetidos a radioterapia externa, antes e após o tratamento, correlacionando com a toxicidade aguda do mesmo. Materiais e Métodos: Foram incluídas pacientes tratadas pela radioterapia externa e analisados os dados de estadiamento, idade e toxicidade aguda (RTOG). Os níveis plasmáticos de vitamina A foram dosados antes e após o tratamento radioterápico, com valores ideais entre 30-80 mcg/L. A dose de radioterapia externa foi de 50 Gy em toda mama e de 10 Gy no leito operatório. Análise estatística através do programa SPSS 13.0. Estudo aprovado pelo CEP do HUCFF-UFRJ. Resultados: Foram analisados 230 pacientes. A idade média foi de 63,7 anos (30-81. IC95%: 62,5-64,9. DP: ±9,4). Quanto ao estadiamento, foram agrupadas 66 pacientes (28,7%) como Grupo 1 (estádios I e IIa), 164 (71,3%) como Grupo 2 (estádios IIb e III). O IMC médio foi de 27,9 kg/m2 (15,8-34,9. IC95%: 27,4-28,5. DP: ±4,3). Os níveis plasmáticos de vitamina A antes da radioterapia foram de 45,2 mcg/L (17-90. IC95%: 42,9-47,6. DP: ±18,3). Após a radioterapia estes níveis foram de 27,2 mcg/L (11-65. IC95%: 25,7-28,8. DP: ±11,8), com diferença estatisticamente significante (p < 0.0001). As toxicidades agudas foram leves (RTOG 0-1) para 157 pacientes (68,3%) e severa (RTOG 2-3) para 73 (31,7%). Comparando-se os níveis plasmáticos de vitamina A e toxicidade aguda antes e após ao tratamento radioterápico, observou-se média de vitamina A nas pacientes com toxicidade leve de 48,0 mcg/L e 28,4 mcg/L e nos pacientes com toxicidade moderada de 39,4 mcg/L e 24,7 mcg/L, respectivamente, com diferença significativa (p < 0.001. ), as pacientes com maior toxicidade tinham menores valores de vitamina A, tanto antes da radioterapia como queda mais significativa após a radioterapia. Conclusão: Neste trabalho houve redução significativa nos níveis plasmáticos de vitamina A em pacientes submetidos a radioterapia, assim como piores índices de toxicidade aguda, sugerindo atenção ao aporte nutricional deste micronutriente, uma vez demonstrada sua relação com a função antioxidante.
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Article published online:
10 July 2025
© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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