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DOI: 10.1055/s-0044-1797259
CÂNCER DE MAMA PRIMÁRIO OCULTO TRATADO COM CIRURGIA CONSERVADORA, QUIMIOTERAPIA E RADIOTERAPIA ADJUVANTES: UM RELATO DE CASO
Apresentação do caso: Mulher, CPRM, 42 anos, procedente de Belo Horizonte-MG, apresentou linfonodomegalia axilar direita em outubro de 2015, submetida à exérese da lesão e anatomopatológico compatível com carcinoma metastático e imunohistoquímica com Ki 67 de 30%, receptor de estrógeno positivo, receptor de progesterona e HER-2 negativos sendo a mama como possível sítio primário. Seguiu propedêutica com exames para diagnóstico e estadiamento, com tomografias de tórax, abdome e pelve; cintilografia óssea, mamografia, ultrassom das mamas e tireoide; todos sem alterações. A ressonância magnética (RM) de mama apresentou uma distorção da arquitetura em mama direita (D) medindo 10 x 7 x 6 cm, no quadrante ínfero-medial. Foi submetida à setorectomia em mama D e esvaziamento axilar em julho de 2016 e anatomopatológico consistente com fibrose mamária e linfonodos livres de neoplasia. Diagnosticada e estadiada com câncer de mama, estádio pT0N2M0, realizou quimioterapia (QT) adjuvante com doxorrubicina com ciclofosfamida seguida de paclitaxel e após término prosseguiu o tratamento com radioterapia (RT) em mama D, axila e fossa supraclavicular D com dose de 50 Gy em 25 frações, sem boost. Discussão: O câncer de mama primário oculto é raro, representa menos de 1% de todos os cânceres de mama e é definido como câncer de mama diagnosticado fora do seio na ausência do tumor primário na mama. O tratamento realizado é controverso, tem como mastectomia e dissecção dos linfonodos axilares os procedimentos frequentemente realizados. Devido à melhoria dos métodos de imagem, como a ressonância magnética e das técnicas da RT, a cirurgia conservadora associada à QT e RT tem sido incorporada. Neste relato, optou-se por essa abordagem, devido ao menor impacto na autoestima da paciente. Além disso, quando se compara mastectomia radical com a cirurgia conservadora associada a RT em pacientes com câncer de mama estádio inicial, não existe diferença estatística em relação ao controle local e sobrevida. Entretanto, essa abordagem em tumores ocultos deve ser realizada quando se tem um exame de imagem prévio com alta sensibilidade, como a RM e com isso direcionar melhor as áreas suspeitas. Conclusão: Este relato de caso é relevante ao mostrar a abordagem utilizada em um caso de câncer de mama primário oculto. Devido à raridade torna-se difícil o desenvolvimento de protocolos de diagnóstico e tratamento baseados em evidências, podendo assim, incitar novos trabalhos relacionados.
No conflict of interest has been declared by the author(s).
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Article published online:
10 July 2025
© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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