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CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-86
DOI: 10.1055/s-0044-1797259
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TEMÁRIO: RADIOTERAPIA

CÂNCER DE MAMA PRIMÁRIO OCULTO TRATADO COM CIRURGIA CONSERVADORA, QUIMIOTERAPIA E RADIOTERAPIA ADJUVANTES: UM RELATO DE CASO

Marya Luyza Gusmão e Lopes
,
Márjorie Monteiro Rodrigues
,
Tamara Figueiredo
,
Denis V Ferreira
,
Arlen de Paulo Santiago Filho
,
Kelly Karoline Eugenio
,
Zeniclayton Lafetá Almeida Lima
 

    Apresentação do caso: Mulher, CPRM, 42 anos, procedente de Belo Horizonte-MG, apresentou linfonodomegalia axilar direita em outubro de 2015, submetida à exérese da lesão e anatomopatológico compatível com carcinoma metastático e imunohistoquímica com Ki 67 de 30%, receptor de estrógeno positivo, receptor de progesterona e HER-2 negativos sendo a mama como possível sítio primário. Seguiu propedêutica com exames para diagnóstico e estadiamento, com tomografias de tórax, abdome e pelve; cintilografia óssea, mamografia, ultrassom das mamas e tireoide; todos sem alterações. A ressonância magnética (RM) de mama apresentou uma distorção da arquitetura em mama direita (D) medindo 10 x 7 x 6 cm, no quadrante ínfero-medial. Foi submetida à setorectomia em mama D e esvaziamento axilar em julho de 2016 e anatomopatológico consistente com fibrose mamária e linfonodos livres de neoplasia. Diagnosticada e estadiada com câncer de mama, estádio pT0N2M0, realizou quimioterapia (QT) adjuvante com doxorrubicina com ciclofosfamida seguida de paclitaxel e após término prosseguiu o tratamento com radioterapia (RT) em mama D, axila e fossa supraclavicular D com dose de 50 Gy em 25 frações, sem boost. Discussão: O câncer de mama primário oculto é raro, representa menos de 1% de todos os cânceres de mama e é definido como câncer de mama diagnosticado fora do seio na ausência do tumor primário na mama. O tratamento realizado é controverso, tem como mastectomia e dissecção dos linfonodos axilares os procedimentos frequentemente realizados. Devido à melhoria dos métodos de imagem, como a ressonância magnética e das técnicas da RT, a cirurgia conservadora associada à QT e RT tem sido incorporada. Neste relato, optou-se por essa abordagem, devido ao menor impacto na autoestima da paciente. Além disso, quando se compara mastectomia radical com a cirurgia conservadora associada a RT em pacientes com câncer de mama estádio inicial, não existe diferença estatística em relação ao controle local e sobrevida. Entretanto, essa abordagem em tumores ocultos deve ser realizada quando se tem um exame de imagem prévio com alta sensibilidade, como a RM e com isso direcionar melhor as áreas suspeitas. Conclusão: Este relato de caso é relevante ao mostrar a abordagem utilizada em um caso de câncer de mama primário oculto. Devido à raridade torna-se difícil o desenvolvimento de protocolos de diagnóstico e tratamento baseados em evidências, podendo assim, incitar novos trabalhos relacionados.


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    Contato:

    MARYA LUYZA GUSMÃO E LOPES

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    Article published online:
    10 July 2025

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