Open Access
CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-86
DOI: 10.1055/s-0044-1797266
POSTER
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA

AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM NEOPLASIAS DE CABEÇA E PESCOÇO SUBMETIDOS A DIFERENTES MODALIDADES DE RADIOTERAPIA NO BRASIL

Ricardo Vilela
,
Luis Felipe de Oliveira e Silva
,
Hugo Kohler
,
Otávio Curioni
,
Paulo Tsai
,
Carmen Silva Passos Lima
,
João Pedro Perez Gomes
,
Aline Lauda
,
Bruno Resende
,
Mauricio Collares
,
Janaína Brollo
,
Eduardo Viana
,
Fernando Obs
,
Robson Ferrigno
,
Karine Martins
,
Eduardo Motta
,
Jéssica Sampaio
,
Marcos Santos
,
Christian Domenge
,
Luis Kowalski
 

    Introdução: O tratamento das neoplasias de cabeça e pescoço (NCP) pode afetar uma variedade de funções corporais, com grande potencial de provocar comprometimento considerável de qualidade de vida (QV). A Radioterapia (RT) é ferramenta fundamental à disposição da equipe multidisciplinar e viveu, nos últimos anos, intenso desenvolvimento tecnológico. Objetivo: O objetivo deste estudo, prospectivo e multi-institucional, foi avaliar a QV em pacientes com NCP submetidos a RT e comparar os scores daqueles tratados com RT convencional (2D), RT conformada (RTC) ou RT de intensidade modulada (IMRT). Métodos: Pacientes com NCP foram solicitados a completar dois questionários: EORTC QLQ-30 e EORTC HN-43, antes de iniciar o tratamento protocolar de sua instituição e, posteriormente, a cada três meses, durante seu seguimento clínico. Os escores de QV de foram avaliados no tempo 0, 3, 6 e 9 meses após o tratamento. A comparação se deu pelo método do teste “t de student” foi considerada estatisticamente significativa se p<0,05. Resultados: Foram incluídos 262 pacientes de 13 instituições espalhadas pelo país, sendo 81% do sexo masculino, com os seguintes estadiamentos: 8% estádio I, 10% estádio II, 20% estádio III, 52% estádio IVa e 10% estádio IVb. Quanto ao sítio, 33% tinham tumor da cavidade oral, 27% da orofaringe e 27% da laringe. Foram abordados inicialmente com cirurgia 30% dos doentes e 70%, foram tratados com RT associada ou não à quimioterapia radiosensibilizante, composta principalmente de cisplatina. Destes, 19% foram tratados com 2D, 54% com RTC e 27% com IMRT. O seguimento médio foi de 8,4 meses. A média do score de QV pré-tratamento e aos 3, 6 e 9 meses, para RT 2D foi: 67,1 – 65 – 66,7 e 72,2; para RTC: 65,7 – 76,1 – 71,1 e 70,8 e, para IMRT: 67,8 – 72,5 – 70,8 e 68,1, respectivamente. Não foi observada nenhuma diferença estatisticamente significante entre as variações de score das técnicas de tratamento empregadas (p > 0,05). Conclusões: Observamos uma tendência a diminuição absoluta da qualidade de vida aos seis meses, quando se aplica RT 2D, entretanto, sem diferença estatisticamente significativa. Não foram observadas diferenças estatísticas nos seguimentos anterior (3 meses) ou posterior (9 meses). Tratam-se, no entanto, de resultados preliminares, dado o curto seguimento médio a que foram submetidos os pacientes.


    No conflict of interest has been declared by the author(s).

    Contato:

    MARCOS SANTOS

    Publication History

    Article published online:
    10 July 2025

    © 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.

    Thieme Revinter Publicações Ltda.
    Rua do Matoso 170, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20270-135, Brazil