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DOI: 10.1055/s-0044-1797287
AVALIAÇÃO DAS RADIODERMITES E PRINCIPAIS FATORES DE RISCO EM MULHERES SUBMETIDAS A RADIOTERAPIA DE MAMA
Introdução: O aparecimento da radiodermite está frequentemente associado a fatores intrínsecos do paciente e fatores relacionados ao tratamento, como quimioterapia prévia e dose de radiação. Objetivo: Descrever fatores de risco relacionados à incidência de radiodermites em pacientes submetidas a radioterapia em mama. Método: Estudo descritivo, realizado em uma clínica de oncologia no Rio de Janeiro. Os dados foram obtidos das evoluções de enfermagem extraídas do prontuário eletrônico. Para a classificação das radiodermites foram usados parâmetros do Radiation Therapy Oncology Group (RTOG). Resultados: Os dados foram obtidos entre julho de 2015 a março de 2017 e participaram 444 mulheres. Na amostra foram encontradas radiodermites que variaram de 0 a grau 3. A maioria das pacientes (343) apresentou apenas grau 1. Radiodermite grau 2 ocorreu em 75 mulheres e somente 14 pacientes com grau 3. Um total de 12 mulheres não teve radiodermite. Dentre as mulheres que não tiveram radiodermite, a maior parte realizou 16 frações da radioterapia e somente 1 utilizou bolus. Das 12 mulheres sem radiodermite, a maioria (10) não fez quimioterapia prévia, 7 utilizavam hormonioterapia e 1 era tabagista ativa. Quanto às comorbidades 9 eram hipertensas e 3 diabéticas. Das 343 mulheres com RTOG 1, a maioria (139) fez 25 frações e 14 usaram bolus. Do total de mulheres com grau 1, 160 fizeram quimioterapia, 191 usavam hormonioterapia e 28 eram tabagistas. Quanto às comorbidades, 134 eram hipertensas e 40 diabéticas. Entre as mulheres com RTOG 2, a maioria fez 30 e 25 frações e apenas 7 usaram bolus. O grau 2 só foi observado a partir da terceira semana de tratamento, sendo que a maior parte das mulheres só teve na quinta semana. Dessas 75 mulheres com grau 2, a maioria (52) realizou quimioterapia, 41 usavam hormonioterapia, 11 eram fumantes ativas e havia entre elas, 31 hipertensas e 12 diabéticas. Em relação à radiodermite grau 3, a maioria das mulheres fez 30 aplicações e nenhuma usou bolus. O RTOG 3 só surgiu a partir da quarta semana, porém, com maior incidência na sexta semana. Dentre as pacientes com grau 3, 12 fizeram quimioterapia prévia, 5 usavam hormonioterapia, 6 eram hipertensas, 3 diabéticas e somente 1 tabagista. Entre as mulheres com grau 3, 9 interromperam o tratamento. Conclusão: Diversos fatores podem influenciar no surgimento de radiodermites, portanto é necessário identificá-los precocemente para planejar o cuidado de forma eficaz e individualizada.
No conflict of interest has been declared by the author(s).
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10 July 2025
© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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