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CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-86
DOI: 10.1055/s-0044-1797302
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TEMÁRIO: ENFERMAGEM ONCOLÓGICA

ANÁLISE DA REAÇÃO DE PELE CAUSADA PELA FITA ADESIVA EM PACIENTES DE RADIOTERAPIA DE MAMA

Yara Boaventura da Silva
,
Elizângela Maria da Silva Neves
,
Adriani Aparecida F. Martins
,
Érika Yumi Watanabe
,
Ana Maria Teixeira Pires
 

    Introdução: O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o primeiro entre as mulheres. A radioterapia adjuvante em pacientes submetidas a cirurgia conservadora e/ou mastectomia tem Objetivo: O objetivo de diminuir a recidiva loco-regional e favorecer a sobrevida. A despeito da evolução das técnicas em radioterapia, a demarcação na pele das pacientes ainda é necessária para localização dos campos de tratamento. Essa demarcação é feita na simulação e mantida durante todo o tratamento. Em nosso serviço utiliza-se caneta e fita adesiva transparente com essa finalidade sendo que o reforço periódico da marca, em geral semanalmente, se faz necessário para sua preservação. Recentemente observamos que pacientes estavam apresentando reação alérgica nas bordas das fitas e por essa razão revimos nossos procedimentos de troca das fitas. No mês de junho/2017 em um dia de atendimento no aparelho onde se detectou a reação nas bordas das fitas adesivas, realizou-se imagens fotográficas das marcas na pele das pacientes após consentimento das mesmas. A amostra constituiu-se de 20 pacientes com marcação para radioterapia em mama, após obtenção das imagens realizou-se avaliação visual das condições das mesmas. Nessa amostra 65% das pacientes tinham mais de 50 anos, 60% fizeram quimioterapia adjuvante ou neoadjuvante e 60% tinham dose acumulada entre 2200 e 4000 cGy, 25% tinham dose acumulada entre 200 e 2000 cGy e 15% delas tinham dose acumulada entre 4200 e 5000 cGy. Das 20 pacientes fotografadas, 13 pacientes (65%) não apresentavam reação de pele e 7 pacientes (35%) apresentavam reação nas bordas das fitas, sendo que 6 delas na marca externa da mama e 1 na marca da fossa. Durante a coleta das imagens indagou-se sobre quais as possíveis razões para essa reação. Inicialmente pensou-se na possibilidade de haver algum problema com a própria fita, alguma modificação na forma de planejamento que pudesse alterar a reação de pele. No entanto, durante a coleta observou-se que todas as pacientes que haviam apresentado alguma reação na pele estavam tratando no mesmo período. Na comparação entre os períodos, observou-se que no primeiro período havia sobreposição das fitas adesivas, prática não recomendada para manutenção das marcas. A partir dessa constatação, elaborou-se apresentação dos resultados para equipe multidisciplinar, revimos a rotina dos cuidados e manutenção da preservação das marcas. A revisão dessa rotina foi uma oportunidade de melhoria em nosso processo de cuidado.


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    Contato:

    ERIKA YUMI WATANABE

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    Article published online:
    10 July 2025

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