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DOI: 10.1055/s-0044-1797316
O IMPACTO DA ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL NO TRATAMENTO DE PACIENTES PORTADORES DE TUMOR DE PRÓSTATA
Introdução: A radioterapia pélvica é um tratamento que pode gerar diferentes sintomas gastrintestinais. A adoção de técnicas avançadas de planejamento possibilita reduzir as toxicidades, sem reduzir a eficácia do tratamento, como por exemplo, a Radioterapia de Intensidade Modulada (IMRT). Torna-se assim necessário um melhor controle das variações no posicionamento e do preparo dos órgãos em risco. A Radioterapia Guiada por Imagem (IGRT) é uma importante ferramenta para controle do posicionamento do paciente e da análise do preparo de reto e bexiga, e, entre os dispositivos para IGRT estão o OBI (On Board Imager), capaz de gerar uma imagem de CBCT (Cone-Beam CT), similar a uma tomografia, possibilitando a localização dos volumes de interesse. Além disso, é desejável que o doente tenha acesso a uma orientação nutricional, pois estudos sugerem que esta intervenção contribui para uma melhoria do estado nutricional, redução de efeitos secundários e maior probabilidade do doente completar o tratamento como planejado. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi comparar através de imagens de CBCT, o impacto das orientações e acompanhamentos realizados pela nutricionista no preparo de reto e bexiga e analisar o número de vezes que os pacientes foram retirados do aparelho devido ao preparo inadequado. Método: Foi realizado um levantamento retrospectivo de 83 pacientes com câncer de próstata submetido à radioterapia em 2016, com dose entre 70 e 78Gy, que realizaram imagens de CBCT e planejamento em IMRT. Todos receberam orientação da dieta hipogordurosa hipofermentativa. No primeiro semestre, 41 foram orientados pela enfermagem (entrega de panfleto com os alimentos permitidos e proibidos antes de iniciar o tratamento) e 42 no segundo semestre foram orientados pela nutrição. A nutricionista além de descrever os alimentos permitidos e proibidos, propôs um modelo de cardápio da dieta fracionada e com substitutos de alimentos em cada refeição que foi entregue antes do tratamento e acompanhava periodicamente para verificar a adesão da mesma. Resultados: No primeiro semestre, o número de preparo inadequado foi maior que no segundo (78% e 59%), sendo que o reto foi o órgão com a maior inadequação. Comparando entre os semestres, o preparo insatisfatório do reto variou de 50% para 38%, e os pacientes saíram mais vezes da sala, 110 e 79 frações. Conclusão: Com estes dados, sugere-se que a intervenção nutricional mostrou-se importante, sendo necessário um número maior de pacientes e melhor análise do perfil clínico destes.
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10 July 2025
© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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