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DOI: 10.1055/s-0044-1797318
RADIOTERAPIA EM PRONA PARA PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA : COMPARAÇÃO DOSIMÉTRICA E CLÍNICA COM A POSIÇÃO SUPINA
Introdução: Radioterapia adjuvante é o tratamento padrão após cirurgia conservadora em mulheres com câncer de mama. Em pacientes com mamas volumosa e pendulares, muitas dificuldades técnicas são encontradas para a realização do tratamento na posição supina, principalmente em relação à dose em pulmão. A posição prona surge então como alternativa para estes casos. Diversos estudos tem reportado a diminuição da dose em pulmão com a posição prona, mas nenhum dado brasileiro foi encontrado na revisão realizada para este estudo. Objetivo: Comparar os Histogramas Dose-volume (DVHs) da mama e dos órgãos de risco (em especial pulmão) na posição prona e supina, além da comparação da frequência e severidade de toxicidade cutânea (radiodermite). Métodos: Foram incluídas pacientes com câncer de mama inicial, com mamas volumosas e/ou pendulares, submetidas à cirurgia conservadora e radioterapia adjuvante. Cada paciente foi submetida a exames de tomografia nas duas posições, prona (acessório Acces™-Qfix) e supina (vack-lock), a critério médico. Os DVHs comparativos dos planejamentos nas duas posições foram gerados e os parâmetros dosimétricos para a mama e órgãos de risco foram avaliados. Após análise do DVH, o médico escolheu o planejamento mais adequado para cada caso. As pacientes foram seguidas com consultas semanais durante o tratamento e o grau de radiodermite foi avaliado e registrado. Resultados: 26 pacientes foram selecionadas no período de fevereiro de 2016 a março de 2017. A dose média dos pulmões e o V20 (volume que recebe 20Gy) do pulmão ipsilateral foram significativamente menores na posição prona (p <0,0010). O índice de heterogenidade (HI) e a dose em mama contralateral foram significativamente menores na posição supina (p=0,006 e p< 0,001, respectivamente). As demais variáveis (V25 e dose média do coração e volume do PTV) não apresentaram diferenças significativamente estatísticas. A posição prona foi escolhida em 73% das pacientes. Destas, 26%, apresentaram radiodermite grau 2, enquanto na supina, a taxa de radiodermite grau 2 foi de 42,8%, sem significância estatística (p=0,33). Não houve radiodermite maior que grau 2. Conclusões: A Radioterapia em posição prona reduziu a dose em pulmão de maneira significativa quando comparada à posição supina. Apesar de não haver significância estatística, houve uma tendência de menor toxicidade cutânea nas pacientes tratadas em posição prona.
No conflict of interest has been declared by the author(s).
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Article published online:
10 July 2025
© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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