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DOI: 10.1055/s-0044-1797334
VMAT PARA IRRADIAÇÃO DE CALOTA CRANIANA E DURA-MÁTER
Introdução: Tumores que envolvem grandes volumes de calota craniana ou dura-máter presente é um desafio técnico e dosimétrico em radioterapia para entregar a dose em um grande volume alvo côncavo com o cérebro subjacente. Nesse contexto, a radioterapia de intensidade modulada (IMRT) e arcoterapia volumétrica modulada (VMAT) têm sem destacado. Objetivo: O objetivo deste estudo foi comparar diferentes planos realizados com a técnica VMAT alterando números de arcos e ângulos de colimadores (AC) em um esforço para encontrar um padrão que irradie o volume alvo adequadamente minimizando a dose no parênquima cerebral. Método: Foram estudados dois casos de pacientes com metástase óssea com invasão da dura-máter secundário a neoplasia de próstata. As imagens de ressonância magnética ponderadas em T1 pós-contraste foram fundidas com a tomografia computadorizada de planejamento, adquiridas com espessura da fatia de 2,5 mm. O volume alvo clínico (CTV) compreendeu toda calota craniana, dura-máter e lesão grosseira visibilizada nos exames de imagem. Uma margem isotrópica de 5 mm foi adicionada para criar o volume alvo planejado (PTV) e retirado 3 mm da pele. Foram delineados como órgãos de risco (OAR) todo o encéfalo, hipocampos, olhos e cristalinos. A prescrição de dose foi de 30 Gy na calota craniana e dura-máter e 40 Gy na região de lesão grosseira. O sistema de planejamento utilizado foi o Eclipse com o algoritmo AAA. Três planos de VMAT foram gerados com os seguintes arranjos geométricos (AG) : Plano 1 – 2 arcos coplanares (358°/arco) com AC de 30° e 330°; Plano 2 – 2 arcos coplanares (358°/arco) com AC de 90° em ambos os arcos; Plano 3 – 4 arcos, sendo 2 coplanares e 2 não-coplanares; os arcos coplanares (358°/arco) com AC de 90° e os não coplanares (154°/arco) com colimadores a 30° e 330° e mesa a 90°. Resultados: Para os PTVs foram avaliadas D98%, D2% e índice de conformidade (CI 95%). Em todos os planos esses valores foram similares e clinicamente aceitáveis. A dose média e o V10Gy na região do encéfalo fora do PTV foram menores em até 30% para os planejamentos com AG do plano 3. O D100% e a dose máxima do hipocampo também apresentaram valores menores para o AG do plano 3 em até 25% e 20%, respectivamente. Conclusão: Embora todos os planos foram considerados clinicamente aceitáveis, o AG utilizado no plano 3 possibilitou uma considerável redução de dose no parênquima cerebral, sendo portanto uma opção a ser considerada na irradiação de calota craniana e dura-máter.
No conflict of interest has been declared by the author(s).
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10 July 2025
© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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