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CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-86
DOI: 10.1055/s-0044-1797345
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TEMÁRIO: RADIOTERAPIA

RADIOTERAPIA ACELERADA PARCIAL DA MAMA UTILIZANDO INTRABEAM® – PRIMEIRA EXPERIÊNCIA NO BRASIL

Ramon Pithon Pereira Gatto
,
Marcio Santos Magalhães
,
Elisangela Santos Carvalho
,
Luciana Vignoli Guzella da Silva
,
Milton João Ramim Junior
,
Wagner Paniago de Souza
,
Arthur Accioly Rosa
 

    Introdução: a radioterapia acelerada parcial da mama, com técnica intraoperatória (IORT), é um método bem descrito para tratamento de câncer de mama, e a aplicação do sistema Intrabeam® da Zeiss foi validada pelo estudo Targit-A. O Hospital São Rafael (HSR) foi o primeiro a utilizar este equipamento no Brasil, com o primeiro procedimento realizado em 15 de janeiro 2014. Objetivo: descrever as caracteríticas oncológicas e e resultados do tratamento de pacientes tratadas no HSR. Método: foram avaliados características clínicas e, desfechos oncológicos e toxicidade de todas as pacientes com câncer de mama tratadas com IORT utilizando Intrabeam, com dose de 20Gy em fração única, seguindo protocolo institucional, que contempla essencialmente pacientes com doença de baixo risco, entre 2014 e 2016. Resultados: entre janeiro de 2014 e dezembro de 2016 foram realizadas IORT em 35 pacientes, com idade mediana de 57 anos. O follow-up mediano foi de 23,1 meses, não sendo observada recidiva ou óbito. Vinte e nove (82%) dos tumores eram ductais (SOE), e o restante de histologia não lobular, sendo que 13 apresentaram grau histológico I, 18 GII e 3 GIII; 17 (48%) tumores se encontravam no quadrante supero- -lateral, e os outros distribuídos no restante da mama. Os aplicadores utilizados se relacionavam ao tamanho da cavidade cirúrgica, tendo sido utilizados o de 3 cm em 6 pacientes; de 3,5cm em 15; de 4cm em 9; e de 4,5cm em 3. Devido a presença de fatores que violavam o protocolo, foi indicada teleterapia sobre toda a mama em 7 (20%) casos. Quimioterapia foi prescrita para 6 (17%) pacientes. Houve um caso de descência de sutura após o procedimento (que evoluiu com cicatrização adequada após nova abordagem). Na primeira revisão (mediana de 25,1 dias após a IORT), 28 pacientes (80%) apresentavam algum grau de hipercromia/hiperemia, e 7 (20%) não apresentavam alteração. Neste mesmo período, 30 (85%) das pacientes apresentavam enduração no sítio operatório. Com um intervalo mediano de 6,2 meses para a segunda avaliação, 5 de 27 pacientes avaliadas ainda apresentavam hipercromia, e 19 de 27 apresentavam algum grau de enduração ou fibrose. Conclusão: dentre as pacientes tratadas, nenhuma apresentou recidiva ou óbito; entretanto, o curto tempo de seguimento não permite estabelecer conclusões adequadas em relação a desfechos oncológicos. Os resultados obtidos estão alinhados aos dados publicados por outros estudos, e respaldam a utilização desta modalidade terapêutica.


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    Contato:

    RAMON PITHON PEREIRA GATTO

    Publication History

    Article published online:
    10 July 2025

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