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CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-86
DOI: 10.1055/s-0044-1797352
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TEMÁRIO: TÉCNICOS EM RADIOTERAPIA

CONFECÇÃO DE BIBS ARTESANAIS COM MIÇANGAS E CONTRASTE

Rosangela Carvalho Andrade
,
Rodrigo Aparecido Santos de Pontes
,
Bernardo José Braga Batista
,
Salvador Tutilo
 

    Para realizar o planejamento tridimensional na radioterapia, faz-se necessário realizar uma tomografia computadorizada (TC) de simulação dos pacientes. Neste momento definimos a localização do isocentro e realizamos as devidas marcações na pele do paciente. Para que seja possível identificar onde foi determinado o isocentro, são utilizados marcadores radiopacos chamados de bibs, contudo devido a sua pequena dimensão e a rotineira necessidade de descarte, o departamento de radioterapia deve sempre ter uma grande quantidade de bibs para uso e reposição. Dependendo do material e da região anatômica a ser tomografada, esses bibs podem gerar artefatos nas imagens, dificultando o delineamento a ser realizado pelo médico, o cálculo de doses com correção de heterogeneidades e a fusão com as imagens de posicionamento, como o conebeam CT. Frequentemente, meios de contraste são usados para auxiliar a visualização de algumas estruturas e qualquer quantidade de contraste não utilizada em um dia é descartada. Com o objetivo de testar formas de fácil acesso e baixo custo para confeccionar bibs, identificamos neste caso a oportunidade de usar a sobra de contraste (iodado e sulfato de bário, ambos de fácil acesso em ambiente hospitalar) e pequenas miçangas plásticas esféricas com um orifício em sua região central, compradas em armarinhos de artesanato com valor bem acessível. Com o auxílio de uma pinça colocamos as miçangas numa fita microporosa, de modo que um lado do orifício ficou em contato com a fita e o outro lado voltado para cima. Administramos o contraste no orifício utilizando uma seringa. Após a secagem, cobrimos com fita microporosa novamente. Realizamos uma TC de um fantoma, com os bibs dispostos em sua superfície para analisar sua visualização nas imagens. Os bibs produzidos com o contraste iodado não apresentaram a qualidade desejada, pois com o tempo eles deixaram de ser radiopacos e, portanto não foram validados. Já os bibs produzidos com contraste de sulfato de bário, mantiveram-se radiopacos e geraram menos artefatos nas imagens do que os bibs metálicos utilizados rotineiramente. Após esta validação, o bib com sulfato de bário foi implantado na rotina e utilizado no planejamento dos pacientes, pois se mostrou adequado. Ele foi facilmente visualizado na TC de planejamento e gerou pouco artefato nas imagens, além de ser uma opção fácil de fabricar, de baixo custo e que pode ser produzida em larga escala, já que não perde seu efeito após a confecção.


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    Contato:

    ROSANGELA CARVALHO ANDRADE

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    Article published online:
    10 July 2025

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