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CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-86
DOI: 10.1055/s-0044-1797368
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TEMÁRIO: FÍSICA MÉDICA

VALIDAÇÃO DA RAMPA ACRÍLICA COMO ACESSÓRIO INDEXADOR EM TRATAMENTOS RADIOTERÁPICOS

Leticia Medeiros Santoni
,
Paloma Natali Nardi
,
Gustavo Costa Panissi
,
Guilherme Alexandre Pavan
,
André Vinicius Camargo
,
Bruno Alvares
 

    Introdução: Os Acessórios de Imobilização (AI’s) são importantes para a reprodutibilidade diária do tratamento de pacientes. A Rampa Acrílica (RA), já utilizada em casos de tumores de mama, pode ser uma alternativa para casos de tumores torácicos. Porém, sabe-se dos efeitos indesejáveis de tais AI’s, como a sobredosagem na pele e a subdosagem no tumor, dada atenuação sofrida pela radiaçã. Objetivo: Validar o uso da RA na rotina clínica. Método: Foi utilizado um objeto simulador (OS) de água com uma Câmara de Ionização (CI) tipo Farmer (FC-65 IBA) em seu interior, e acima deste a RA. Feita a tomografia, usou-se o Sistema de Planejamento (TPS) Eclipse 13.6 (Varian) para elaborar dois planos com técnica 3D: um com OS e RA como estrutura única, e o outro delineando-se apenas o OS. O sistema foi irradiado no LINAC TrueBeam (Varian) com energia de 6MV usando os planos do TPS. Os dados foram coletados pela CI e comparados com os valores do TPS. A fim de reduzir erros entre dose planejada e medida, a RA foi delineada como suporte no TPS atribuindo-se valores de Hounsfield Unity (HU) até que um valor ótimo (diferença de ~0%) fosse obtido. Para validação da RA, dois planos utilizando técnica em Arcoterapia Volumétrica Modulada (VMAT) foram criados no TPS para energias de 6 e 10 MV (com/sem filtro aplanador), usando dois arcos. O primeiro plano não levou em conta a RA e o segundo a considerou como suporte, de acordo com o valor de HU obtido. Tais planos foram otimizados com os mesmos objetivos na entrega de dose, garantindo que o sistema considerasse a RA com exatidão. Houve correção de heterogeneidade para todos os planos, e utilizou-se o algoritmo Analytical Anisotropic Algorithm (AAA – 13.6). Resultados: Na técnica 3D, quando a RA não é delineada no TPS, a diferença do valor da dose medida com a RA e a calculada no plano é bem distinta, com um erro de 14,95%; já quando se considera a RA como corpo no TPS, obtém-se um erro menor, de 1,33%. O valor ótimo de HU obtido foi de – 70. Na técnica VMAT, comparou-se as doses medidas no LINAC com e sem a RA, para o valor de HU ótimo, encontrando- se um erro muito pequeno (< 0,6% para todas as energias). Conclusão: Dada as diferenças entre as doses medidas com e sem a RA é possível concluir que o valor obtido de HU permitiu que o TPS levasse em conta a perturbação que a RA provoca na entrega da dose, dada a otimização com as mesmas prioridades. Assim, o uso da RA na rotina clínica foi validado para ambas técnicas 3D e VMAT


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    Contato:

    LETICIA MEDEIROS SANTONI

    Publication History

    Article published online:
    10 July 2025

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