Open Access
CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-86
DOI: 10.1055/s-0044-1797379
POSTER
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA

LEIOMIOSSARCOMA DE MAMA EM PACIENTE SUBMETIDA A TRATAMENTO RADIOTERÁPICO

Marcela Metzdorf
,
Nádia Raima Cassamo Ismael
,
Roselie Corcini Pinto
,
Leila Maria de Abreu Jaggi
,
Aline Moraes de Abreu
,
Gunter Alex Schneider
,
Neiro Waechter da Motta
 

    Apresentação do caso: Paciente do sexo feminino, 50 anos, com diagnóstico de leiomiossarcoma de mama direita. Submetida a mastectomia e esvaziamento axilar (sem comprometimento linfonodal) em janeiro de 2017. Realizados exames de seguimento em março de 2017 que evidenciaram volumosa lesão tumescente com atenuação de partes moles e contornos lobulados que infiltra os tecidos moles profundos da região peitoral à direita, medindo cerca de 4,3 x 8,0 x 8,5 cm, compatível com recidiva local da neoplasia de mama conhecida, além de mestástases pulmonares e linfonodais. Avaliada pela equipe da mastologia, que considerou a lesão no plastrão irressecável, e encaminhada a radioterapia. Após avaliação radioterápica, indicado 50 Gy em plastrão e fossa supraclavicular e reforço com feixes de elétrons até 70 Gy. Oncologia clínica com plano de quimioterapia paliativa baseada em gencitabina, docetaxel e filgrastima após fim da radioterapia. Discussão: Os sarcomas são considerados patologia extremamente rara, representando aproximadamente 1% das neoplasias malignas da mama. São tumores mesenquimais, mais freqüentemente encontrados em partes moles, e dentre estes, o leiomiossarcoma se mostra como sendo dos mais raros, com menos de 20 casos relatados na literatura. A média de idade ao diagnóstico é de 55,5 anos (variando de 24 a 86 anos). A maioria dos pacientes são mulheres, mas existem 2 casos em homens já relatados. Quando metastático, a via de disseminação é hematogênica, sendo sítios secundários fígado, pulmão, ossos e menos freqüentemente o cérebro. Comentários Finais: O leiomiossarcoma é um tumor maligno raro da mama. O tratamento cirúrgico é o pilar da terapia. O esvaziamento axilar não tem indicação: para a maioria dos autores o comprometimento linfonodonal é extremamente raro (com metástases linfonodais axilares em menos de 10% dos casos), já que a disseminação se faz pela via hematogênica. No presente caso, a equipe da Mastologia optou pelo esvaziamento axilar, mesmo sem benefício comprovado na literatura. A mastectomia está indicada com excelente controle local da doença, podendo ser considerada a preservação da mama. A radioterapia, apesar de não reduzir a taxa de recorrência local nos casos já relatados, foi indicada no presente caso como tentativa de resgate local, uma vez que a recidiva no plastrão foi considerada irressecável. Devido ao risco de recorrência tardia, o acompanhamento a longo prazo é necessário.


    No conflict of interest has been declared by the author(s).

    Contato:

    MARCELA METZDORF

    Publication History

    Article published online:
    10 July 2025

    © 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.

    Thieme Revinter Publicações Ltda.
    Rua do Matoso 170, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20270-135, Brazil