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CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-86
DOI: 10.1055/s-0044-1797382
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TEMÁRIO: ENCONTRO DE RESIDENTES MÉDICOS

SARCOMA EPITELIOIDE DE REGIÃO PUBIANA: RELATO DE CASO DE TRATAMENTO COM RADIOTERAPIA

Aline Moraes de Abreu
,
Marcela Metzdorf
,
Daniela Santos da Silva
,
Leila Maria de Abreu Jaggi
,
Roselie Corcini Pinto
,
Neiro Waechter da Motta
 

    Apresentação do caso: Paciente do sexo masculino, 38 anos, portador de sarcoma epitelioide de partes moles em região pubiana, diagnosticado em agosto de 2008. Até a presente data, apresentou três recidivas, com retirada do testículo esquerdo em 2014. Ao todo, realizou sete procedimentos cirúrgicos, dois tratamentos radioterápicos e um quimioterápico. Lesão inicial no ano de 2008 medindo 8,3 x 6,0 x 6,0 cm e pesando 37 gramas. Na atual recidiva, em outubro de 2016, apresentava lesão ventral à sínfise púbica, medindo cerca de 8,0 x 7,0 x 4,2 cm, e identificavam-se vários linfonodos inguinais a direita sendo o maior medindo 1,6 x 1,0 cm. Discussão: Sarcoma epitelioide é um tipo raro de sarcoma de partes moles, correspondendo a menos que 1% de todos os subtipos. Apresenta-se mais frequentemente em jovens do sexo masculino e acomete principalmente as extremidades dos membros superiores, podendo acometer outros locais, como períneo, vulva e pênis. A recorrência local após ressecção do tumor primário é alta, ocorrendo em torno de 50% dos casos. Apesar da alta taxa de metástase para linfondos regionais, com dados na literatura variando de 23 a 44%, a linfadenectomia profilática e a radioterapia nas cadeias linfonodais devem ser evitadas. Porém, a linfadenectomia terapêutica está indicada nos casos de metástases linfonodais como tratamento curativo. Comentários finais: Não existe uma abordagem terapêutica bem definida para o sarcoma epitelioide. Os trabalhos publicados na literatura são limitados a pequenas séries, com seguimento curto. A abordagem terapêutica é multidisciplinar e a cirurgia deve ser a ressecção ampla com margens, sempre que factível. O tratamento com radioterapia pode ser empregado na adjuvância ou paliativo, com dose mediana de 50 Gy. As orientações fornecidas durante todo o tratamento do nosso paciente pela equipe multidisciplinar que acompanhou o caso, tornaram-o ciente de suas perspectivas negativas com relação ao desfecho do caso, motivando-o a manter-se durante o tratamento, independente dos efeitos colaterais advindos do mesmo. Dessa forma, o paciente teve a oportunidade de organizar-se, planejar e realizar seu desejo de ser pai enquanto ainda existiam condições para tal.


    No conflict of interest has been declared by the author(s).

    Contato:

    MARCELA METZDORF

    Publication History

    Article published online:
    10 July 2025

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