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CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-86
DOI: 10.1055/s-0044-1797400
APRESENTAÇÃO ORAL
TEMÁRIO: ENCONTRO DE RESIDENTES MÉDICOS

AVALIAÇÃO DE FATORES PROGNÓSTICOS EM PACIENTES PORTADORES DE CÂNCER DE PULMÃO NÃO PEQUENAS CÉLULAS COM METASTASE CEREBRAL SUBMETIDOS A RADIOCIRURGIA CRANIANA

Diego de Souza Lima Fonseca
,
Laura Ercolin
,
Daniel Felipe Souza Fantini
,
Danilo Nascimento Salviano Gomes
,
Alexandre Arthur Jacinto
,
Marcos Duarte de Mattos
,
Allisson Bruno Barcelos Borges
 

    Introdução: Ferramentas preditoras de sobrevida global (SG) são utilizadas para auxiliar na escolha da conduta do tratamento das metástases cerebrais, porém poucas avaliam as características específicas do tumor primário. O câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) apresenta-se frequentemente com metástase cerebral, e fatores específicos, como o uso de terapias alvo, geram aumento na SG destes pacientes. O melhor conhecimento desses fatores pode ser importante para definir a melhor terapia para as metástases cerebrais nesta população. Objetivo: Avaliar fatores que podem influenciar na SG em pacientes portadores de CPNPC com metástase cerebral submetidos a Radiocirurgia (RC) e melhor entender a principal causa de óbito nesta população. Métodos: Foram incluídos 53 pacientes com CPNPC submetidos a RC para tratamento da metástase cerebral, tratados de Outubro de 2014 a Janeiro de 2017. Para a avaliação de SG, analisamos o KPS, o número de lesões cerebrais, o uso de Quimioterapia (QT), a presença de metástase extra crânio, a presença da mutação do EGFR/ALK, a técnica de RC, o tratamento da doença primária, o controle da doença sistêmica no momento da RC, os scores Ds-GPA e SIR e o uso de Radioterapia Holocraniana (WBRT). Para a análise estatística, utilizamos curvas de Kaplan-Meier e, para a análise multivariada, o modelo de Regressão de Cox, com significância estatística de <0,05. Resultados: O seguimento mediano foi de 7 meses (0-31 meses). 81 % dos pacientes tinham histologia de adenocarcinoma. Cerca de 17% apresentavam mutação do EGFR e 5%, mutação do ALK. 88,7% apresentavam KPS > 70% no momento da RC. 39,6% apresentavam-se com 1 lesão. 50,9% realizaram dose única e 56,6% não realizaram WBRT. A falha local (na lesão tratada) foi de 18,9% e a taxa livre de falha regional (novas lesões) foi de 39,6%. A sobrevida global mediana foi de 9,0 meses (0-31 meses) com 15% de óbitos por causa neurológica. Apenas a presença da Mutação EGFR, o DS-GPA/SIR e KPS > 90% influenciaram na SG (análise univariada). Na análise multivariada, o uso de QT, a mutação do EGFR e o Ds-GPA influenciaram na SG. Conclusão: Apesar das limitações do estudo, a presença da mutação do EGFR, o SIR/Ds-GPA e o uso de QT influenciaram na sobrevida global desta população. O uso de RC “up front” pareceu não aumentar o óbito por causa neurológica, podendo ser indicada para pacientes com prognóstico favorável.


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    Contato:

    DIEGO DE SOUZA LIMA FONSECA

    Publication History

    Article published online:
    10 July 2025

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