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DOI: 10.1055/s-0044-1797911
CÂNCER GÁSTRICO DE ESTÔMAGO EXCLUSO EM PACIENTE PÓS GASTROPLASTIA REDUTORA
Apresentação do caso: Paciente 40 anos, sexo feminino, com história de gastroplastia redutora à Fobi-Capella há 14 anos. Deu entrada na urgência queixando-se de dor abdominal de infcio há 7 dias, com piora importante nas ultimas 24hs, associada à febre e taquicardia. Ao exame apresentava-se com abdome reativo. À tomografia (TC) de abdome notava-se liquido livre em cavidade e distensão liquida importante do estômago excluso. Paciente então foi submetida à laparotomia exploradora com achado de úlcera perfurada em fundo gástrico. Além de grande quantidade de secreção gástrica livre e abscessos intracavitários. Com lesão endurecida, causando estenose antro-pilórica no estômago excluso. Foi realizada ulcerorrafia, biópsia da lesão antral e ampla drenagem da cavidade, devido gravidade da paciente e ausência de diagnóstico oncológico prévio. No dia seguinte o resultado da análise histopatológica veio como adenocarcinoma com células em anel de sinete. Após 7 dias de terapia nutricional e antibioticoterapia para tratamento da sepse abdominal a paciente foi submetida a gastrectomia total + esôfagojejujo anastomose, sem alteração no Y prévio. Evoluiu satisfatoriamente no pós operatório, com presençã de coleção liquida na TC de controle, puncionada de forma percutânea guiada por USG, de aspecto serohemático. Recebeu alta no 16° po da gastrectomia total e permanece em seguimento oncológico ambulatorial. Discussão: A incidência de adenocarcinoma gástrico em pacientes pós gastrectomia redutora à Fobi-Capella é rara. Nos Ultimos 10 anos, pouco mais de 30 casos foram descritos na literatura, destes, a maioria no estômago excluso. O método diagnóstico de maior sensibilidade é endoscopia digestiva alta (EDA), entretanto a dificuldade de acessar o estômago excluso pós by pass gástrico acaba por atrasar o diagnóstico precoce nesses pacientes. Comentários finais: Apesar de rara, a incidência de câncer gástrico nos pacientes submetidos à gastroplastia redutora tente a aumentar, em parte pelo envelhecimento dessa população pós bariátrica. A dificuldade de acessar o estômago excluso via endoscopia e atribuição da dor abdominal, que costuma ser o sintoma mais precoce, ao próprio procedimento cirúrgico prévio tende a atrasar o diagnóstico. Faz-se cada vez mais necessário pensar no câncer gástrico nessa população como diagnóstico diferencial e aprimorar maneiras de se rastrear o estomago excluso e diagnosticar precocemente.
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23 October 2019
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Fabio Alves Morikawa Caldeira, Victor Freitas Ferreira, Rodrigo Custódio R. Aguiar, Lorena L. M. N. Fernandes, Rodrigo L. F. Santos, Patricia Isabel Bahia Mendes Freire. CÂNCER GÁSTRICO DE ESTÔMAGO EXCLUSO EM PACIENTE PÓS GASTROPLASTIA REDUTORA. Brazilian Journal of Oncology 2019; 15.
DOI: 10.1055/s-0044-1797911